Dizem que nada está tão ruim que não possa piorar, certo? Certíssimo! A conquista do mestrado na área dos sonhos não é nada quando se perde o emprego e ainda recebe a notificação do aumento do preço do aluguel onde mora. A maré de azar parece mudar...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Parada em frente à varanda do hotel, Charlie sorriu ao ver a cidade brilhando, ainda bem desperta. Seus lábios se partiram ainda mais ao sentirem braços a abraçando, e um corpo quente se colando ao dela. Não demorou muito para que um arrepio percorresse sua espinha com o beijo depositado em seu pescoço. A mulher se recostou no corpo, fechando os olhos com a carícia que recebia.
- Numa escala de 0 a 10, quão puta a Erin ficou por você ter aceitado vir para Vegas para um congresso, mas recusado para a sua despedida de solteira? – perguntou Jeremy, atrás dela, afastando alguns fios de cabelo para ter melhor acesso ao pescoço da mulher.
- Hm... Não acho que essa escala seja o suficiente – respondeu Charlie.
Não fazia nem um mês que Erin finalmente havia decretado que estava mais do que na hora de cumprir sua função mais importante como madrinha da mulher: organizar a despedida de solteira de Charlie. Conhecendo bem a estilista, a moça logo se preocupou com aqueles planos. Claro que ela não se arrependia de ter convidado Erin para um papel tão importante, mas ela realmente não estava a fim de uma noite regada a bebidas e provavelmente homens fazendo strip tease e se esfregando em mulheres desesperadas, lambuzados de óleo. Ela amava Magic Mike, mas sabia que aquela não era a verdadeira realidade, infelizmente.
E obviamente a estilista logo sugeriu Las Vegas. Era o local perfeito para aquilo, o destino mais clichê impossível – e clichê era a base do relacionamento de Charlie com Jeremy, apontou a estilista. Mas Charlie foi enfática, se recusando àquilo, e forçando a amiga a se contentar com algo mais ameno e que combinasse mais com ela. Charlie já nem queria a enorme festa de casamento que Erin vinha planejando, sonhando por ela. E desejava muito menos uma despedida daquela.
Semanas depois, veio o convite para participar de um congresso, e que sua orientadora achou que seria muito enriquecedor para a linha de pesquisa que Charlie vinha seguindo. O evento da mulher acabou coincidindo com um evento que Jeremy teria que participar, também em Vegas, presenteando os dois com uma viagem muito merecida a dois – já que Valerie mais do que se ofereceu em ficar tanto com Ava quanto com o pequeno Theo, de apenas um ano. Charlie não ficara muito feliz em deixar o filho para trás, tão pequeno e ainda dependente dela, mas também não dava para negar o quanto ela e Jeremy estavam precisando daquele momento.
Jeremy não invejou Charlie por ter que contar a Erin que ficaria fora da cidade por alguns dias e o motivo. O ator apostava que o quarteirão inteiro podia ouvir os gritos ultrajados da estilista quando a mulher revelou para onde seria a tal viagem. Mas Charlie não se importava, ela estava ali a trabalho, e não para ter uma despedida de solteira sozinha na cidade.
- Falou com a sua mãe? – perguntou Charlie, se lembrando do ator saindo do quarto para atender a ligação da matriarca. – As crianças estão...
- Todo mundo bem – cortou Jeremy, mordiscando de leve a pele sensível do pescoço dela. O ator amava provoca-la naquele ponto, que ele sabia ser o mais sensível, e por ver os poros se arrepiando a cada mínimo gesto que ele fazia. – É nosso último dia, vamos aproveitar.
