Ânsia-29/12/2018

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As mãos gélidas tateam minha face, uma pressão estranha aperta-me o âmago, a grossa voz suspira taquicardia. Esperou que me quebrasse, apreciou minhas vísceras e revirou meu estômago, corrompida a histeria. Melancolia e solidão, porto oco de inveja, guardiã do remorso. Oh, marinheira da aflição, do ciúmes e varejeira que a prisioneira aleija, não diga-me que forço. Saboreie meu caos apocalíptico, arranque-me a alma, faça-me cega de sua possessão. Seja meu vitalício crítico, vivo-te em sua palma, presa por minha paixão.

Dead Sailor's PoetryOnde histórias criam vida. Descubra agora