Capítulo 7

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Acordei e fiz um novo curativo  em meu braço. Tomei um banho e me olhei no espelho, meu rosto estava marcado em cima da sobrancelha, coloquei meu cabelo para lado, evitando assim que alguém veja minha ferida.

Desci e encontrei Paulina ainda na cozinha.

—Conseguiu dormi?

Falei assim que abrir a geladeira. Peguei um pedaço da torta de ontem.

—Fiquei ainda assustada, mas dormi rápido.

—E a Kiki?

—Ta escovando os dentes.

Me sentei ao lado dela, na bancada. Ela deu um sorriso fraco e enquanto mexia o café me disse.

—Você sabe por que aconteceu aquilo ontem?

—Não — Menti — mas tenho certeza que não ira acontecer de novo.

Olhei a hora, e me levantei. Peguei minha garrafa de água na geladeira.

—Vou ter que ir — depositei um beijo na sua testa — Não sei a hora que vou larga, então pega a Kiki hoje.

Ela confirmou com a cabeça enquanto bebia um gole do seu café. Sai da cozinha, encontrei Kiki sentada no sofá. Beijei sua bochecha e fui pra parada do ônibus.

Cheguei no trabalho em menos de uma hora. Fui até a recepção e peguei todos os papéis e informações sobre as coisas de hoje que eu precisava saber.

Fui até a sala do Samuel e deixei tudo que tinha que ser feito no dia. Sentei na cadeira onde era minha mesa e tentei processar tudo que tinha acontecido ontem. Não da pra acreditar que aquele babaca, não tem limites.

—Eu só queria que essa dor parasse

Sussurei pra mim mesma. Não sabia a qual dor me referia. Se era a do corte na minha testa, se era a minha vontade de esta com Samuka ou se era saber que tudo que aconteceu com la  casa é culpa minha.

Me peguei sorrindo quando lembrei d dia no shopping, tirando a parte da carona do embuste do Emílio. Aquele sim foi ótimo dia. Encostei a minha mão nos meus lábios e deixei um sorriso sai, a medida que lembrava aqueles beijos do Samuka.

Como pode ser tão nobre? Tão lindo, tão irresistível...

Meus pensamentos foram cortados a medida que alguém abrio a porta. Ao se aproxima mais era Maria Clara.

Claro que ela tinha que aparecer taça muito calmo pra ser verdade.

—Bom dia — Me aproximei dela com formalidade — No que posso ajudar?

—Primeiramente me deixando entrar e depois cuidando da sua vida.

—Infelizmente não posso deixa la entrar ate receber ordens do contrario — Falei o mais sério possível. Mas por dentro eu só queria rir.

—Maria Marcolina, você não ouse me desafiar!

—De modo algum senhorita, só estou fazendo meu trabalho.

—Já disse que vou entrar nessa sala, agora!

—E eu já disse que não! — me aproximei dela — Aqui vocês não mandou mais em mim, já falei que irei pagar tudo que devo a vocês do empréstimo e depois disso eu não olho mais pra cara de vocês!

Dessa vez ela riu. E pela minha cara completou.

—Você acha que vai conseguir se livrar de nós assim tão fácil? Ai meu bem, você realmente é muito inocente.

Ela tocou meu rosto mas eu segurei seu punho com a maior força que  eu tinha.

—Vocês é que nunca me viram brava, eu já falei pra não mexer com minha família. Que o negócio começaria a piorar.

—Isso é uma ameaça?

—Não sou de ameaça, só estou avisando. Fique longe da minha família.

Soltei seu braço e percebi que ficou a marca.

—E avise ao seu "amiguinho" que eu não vou mais fazer nada contra o Samuka.

Completei. Seu rosto demonstrava como ela estava surpresa, mas seu tom de voz saiu mais uma ironia do que serenidade.

—E então é querra que você quer?

Eu a olhei seria, sabia que aquilo era a ultima coisa que eu deveria fazer mais eu não aguento mais esses dois me mandando fazer coisas que eu não julgo ser certo.

O Samuka chegou e se aproximou de nós.

—O que esta havendo?

—Esta senhora deseja entrar e estou lhe avisando que só ira entrar se tiver permissão.

Falei com formalidade e leveza que eu realmente estava.

—Bom, você pode deixar ela entrar. Mas fez bem em intervir.

Como sempre Samuka falou com aquele seu jeito delicado e sincero, os olhos cravados nos meus. Me fazendo lembrar por que eu precisava tanto ser forte.

Ele abriu a porta pra ela entrar. Mas antes de ir ela sussurrou em meus ouvidos:

— Então é guerra que você vai ter.

Ela entrou na sala e fechou a porta logo em seguida. Me sentei em minha cadeira e encostei na mesa, precisava pensar. Agora eu tenho que me livrar deles e ajuda o Samuel.

Ele nunca ira confiar em você, você sabe do que eles são capazes...

Meu subconsciente não contribuía muito. A única alternativa é abrir o jogo com o Samuel, mas e se ele não confiar mais em mim? E se ele acreditar os dois vão fazer de tudo pra derrubar ele também, como fizeram com meu pai?

Deixe quieto, você sempre conseguiu se virar. Não é agora que o Samuel vai lhe fazer perder a linha.

Meus pensamentos viraram minha cabeça de uma forma incontrolável. A reunião dos dois acabou horas depois. Maria Clara saiu com um sorriso mais forte do que nunca no rosto.

—Marocas você pode vim aqui por favor? — ele me chamou na porta.

Entrei na sala, ele já estava sentado. Sua blusa estava um pouco apertada nos braços dava pra perceber perfeitamente os músculos em seu corpo.

— Algum problema? — Falei retomando a minha consciência.

— Não, apenas, preciso que entregue isso ao RH, e esses dois documento são para a próxima reunião, poderia da uma olhada me dizer o que melhor?

Ele apoiou os braços na mesa e me olhou com um sorriso leve no rosto.

—Sim senhor, mas alguma coisa?

— Não, só isso mesmo.

Assim que coloquei as mãos na porta para sair ele colocou a mão na mesma impedindo meu ato.

—Na verdade tem sim... quer sair hoje comigo? Tipo pra falarmos sobre a reunião. — ele aparentava esta nervoso.

—Se não for muito incômodo, decerto que sim.

—Então nos vemos mais tarde...  te pego em casa às sete.

Saiu da sala e vou fazer minha obrigações, mas o sorriso não sai do meu rosto.

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escrevendo a continuação, me digam o que vocês querem que aconteça nessa "reunião" na casa dele. E claro me digam o que estão achando da história, beijos e boa noite.

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