Capítulo 31

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POV MAROCAS

*HORAS DEPOIS*

A explosão da casa veio num estrondo forte, ainda com cortes pelo corpo, me levantei fraca e fui andando pelos destroços devagar. A fumaça já invadia todo o lugar, coloquei um pano molhado na boca e sai andando. Minhas pernas doem muito, mas preciso acha lo. O barulho da sirene dos bombeiros começa a ficar maior, minha cabeça dói mais a cada andar.

A sala estava repleta de chamas, a cortina já estava coberta, a fumaça estava por todo o lado da casa quase não consigo enxergar os buracos na minha frente.

Com passos cuidadosos fui andando até encosta numa parede molhada, tive que aproximar minha mão bem perto dos olhos para ver o sangue escorrendo entre meus dedos e foi nessa hora que eh gritei mais uma vez, deixando o pano molhado cair da minha mão.

*HORAS ANTES*

Graças aos remédios que Emílio acabou de me entregar conseguir dormi, porém só tomei a metade do que ele me forçou a engolir. Encostei a cabeça no travesseiro, e começou a imaginar porque minha mãe veio, até que apaguei.

Ainda zonza levantei, não sei exatamente quanto tempo passou, mas meu pescoço estava doendo muito para ter sido uma coisa rápida. A porta estava aberta, estava muito silencio o que só me deixava duas opções: a primeira ele saiu achando que o remédio vai me manter longe por muito tempo ou ele está testando minha confiança e observando se vou sair ou não.

Sentei na cama na esperança de saber o que fazer, prendi meu cabelo em rabo de cavalo e ainda com as mesmas roupas preferi ficar. Uma blusa bege de manga longa e uma calça preta justa. 

Escutei batidas fortes na parede. "Será que ele esta me testando? Deve ser uma armadilha ou coisa da minha cabeça", pensei. Porém o começou a parar.

- Isso deve ter sido os remédios.

Resolvi e na cozinha, pelo menos, andei devagar e realmente vi que ele não estava em casa o que revelou eu está totalmente louca por escutar coisas do nada. Abrir a geladeira na tentativa de comer algo, estava com tanta fome que não me importei em jantar um pedaço de bolo e copo com água, tentando repetir o máximo que pude não sei qual seria minha próxima refeição do jeito que esse maluco anda.

Depois dessa "Refeição" lavei os pratos e o guardei nos mesmos lugares de antes, ao chegar na escada escutei um barulho vindo do quarto do Emílio, com cuidado fui para o caminho do comodo e coloquei bem devagar meu ouvido na porta tentando entender o que ele estava falando. 

Era um choro, um aperto no peito me deu, era tão sentimental, não parecia Emílio, escutei as fungadas e os barulhos que jugo dizer ser ele batendo em alguma parede. Ele dizia alguma coisa se eu não o conhecesse diria ser uma reza, mas estava muito baixo para que eu identificasse.

Sair do transe quando escutei a porta lá de baixo sendo aberta, corri para meu quarto e voltei a posição como se estivesse dormindo. Escutei sacolas sendo colocadas na mesa assim como barulho de chave ou metal, até aumentar o som dos passos, acredito que tem alguém me observando mas não me mecho.

O peso de um corpo na cama me fez arrepiar, sentir dedos pelos meus braços, mas me mantive quieta. Um beijo no meu ombro veio, a barba mal feita me arranhou. Como se estivesse dormindo me mexir um pouco virando para o outro lado, ficando de frente pra ele.

- Um dia quem sabe podemos ser felizes, Maroquinhas, mas até la tenho um brinquedinho para me entreter.

Emílio disse com uma voz calma, beijou minha testa e colocou uma mecha do meu cabelo atras da orelha. Sentir o peso na cama diminuindo, mas esperei o barulho da porta do meu quarto fechar para abrir os olhos.

Fitando a parede comecei a tentar entender como ele conseguir ser aquela pessoa do quarto e esse cínico aqui do outro ou ele tem mais problemas do que eu pensava ou é outra pessoa ali. E foi ai que eu comecei a juntar os detalhes.


(Só para avisar que estamos chegando no último capítulo então comentem bastante para eu saber o que vocês querem e para me incentivar a escrever também, até mais!!!)

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⏰ Última atualização: Jan 31, 2020 ⏰

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