Prólogo

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Estávamos despreparados e indiferentes para o que poderia acontecer. Independente do quão intelectual fosse ou provido de informações mensuráveis, era inimaginável a chegada do que atualmente chamamos de o “Cometa Caótico”.

A cor do céu estava inalterada como de costume. E o sol permanecia intocável. Mas a lua havia tomado seu lugar e dianteira mais cedo do que o estimado.

Neste momento, o que no passado acreditávamos ser a “Punição Divina” recaindo sobre nós, na verdade era algo ainda mais amedrontador e infernal do que isto. Ou quem sabe, poderia ser realmente a “Punição Divina”.

A constituição deste mundo atual é totalmente diferente do que se poderia conhecer dos registrados em histórias do passado.

Não se trata mais de “viver”, e sim “sobreviver”. Somente o forte é tomado como sobrevivente, e ser forte significa o derramamento de sangue contínuo, independente do que no passado você tenha sido. Independente da educação que você um dia seguiu à risca. Aqui, existem e sobrevivem somente os fortes. E somente.

É assustador? De fato, mas esta é a realidade que durante cem anos convivemos.

Durante cem anos a humanidade têm buscado formas de sobreviver ao que chamaram de “Cometa Caótico”. Sua chegada foi inesperada. E como seu próprio nome o entrega, caótica.

No ano de 2019, 1 de Janeiro, a humanidade conheceu o inferno.

Ainda era manhã quando aconteceu. A lua que pacientemente aguarda para tomar o lugar do sol à noite, lentamente movia-se mais cedo do que o estimado para a dianteira. E antes que sequer pudessemos imaginar o quê aconteceria, a Terra foi envolvida por uma escuridão incessante.

Sim. Era a chegada do “Cometa Caótico”. A silhueta intocável da lua foi envolvida por uma sombra carmesim. E o mesmo com a Terra. Quando esta camada carmim cobriu por inteiro o Planeta Terra, poderiamos claramente enxergar que a lua, estava lentamente se aproximando.

Neste momento não havia nada que não tivesse se transformado em caos. A humanidade por inteira neste momento, o ínfimo instante que nos restava se transformou em um pressentimento de extinção.

Quando a Lua e a Terra finalmente colidiram, ambas sombras escarlates envolveram-se e brilharam intensamente. E por fim, quando o cegante brilhou cessou, o magnânimo e orgulhoso número da humanidade foi reduzido em oitenta porcento!

Mas esta não era a queda definitiva da humanidade. Somos seres pensantes e evolutivos ao ambiente. E uma vez consciente do que há em nosso território, isto nós faz mais do que apenas presas.

Aqui, nós somos os caçadores!

... (PARADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora