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Chapter Two: Monster

Cheryl M. Blossom
Pov's On

"Meu nome é Veronica Lodge, sou amiga da Betty" declarou amigavelmente, mas não hesitei em quebrar o contato visual, voltando meus olhos para a areia. "E você é Cheryl Blossom, certo? 'A' Cheryl Blossom" deu envace acompanhado de um sorriso.

O que ela queria dizer com aquilo?

Arquiei uma sombrancelha e assenti desconfiada. Mal cheguei e já era o centro das atenções, bando de caipiras. Me assustei ao sentir calorosos braços envolvendo minha cintura, me vi perdendo o equilíbrio e quase indo de encontro ao chão, felizmente a tal Veronica tinha me ajudado a recupera-lo. Afastei meus braços de meu tronco e afundei os pés na areia, tendo a esperança de me manter firme.

Alguém estava... Me abraçando?

"Prima Cheryl.." ronronou. Devido meu raciocínio lógico, deduzi que seria Betty.

"Elizabeth Cooper, saia de cima da sua prima agora, quer mata-lá antes mesmo do jantar? Não nas minhas terras!" se aquela era a tia Alice, estava gostando dela.

A loira se afastou de mim tão rápido que nem pude notar, pela minha visão periférica a vi sentada na areia abraçando as próprias pernas, inclinei minha cabeça levemente para poder estudar sua feição, quê por conhecidencia já me encarava. Seu olhar era eufórico, não piscava, sorria sem sem dar passagem aos dentes e se movimentava freneticamente para as laterais. As íris azuis estavam vidradas em mim, diria que era um profundo julgamento sobre a minha pessoa se não fosse pela largura de seu sorriso. Era como se dois elementos fossem selecionados a uma reação química e aquele era o resultado, aquilo tudo era por minha causa? Normalmente minha presença resultava em certas reações, mas nunca como aquela.

Eu, por outro lado, a encarava intrigada.

A última vez que alguém me olhou assim foi quando eu tinha dois pares de ingressos pro show da Ivete.

"Eu sou Betty Cooper, bem, sua prima" se apresentou timidamente.

De forma esnobe, avaliei as duas garotas dos pés à cabeça, estava começando a pensar que estava errado sobre a gente feia e sotaque caipira, elas não eram nada disso. Não tão bonitas quanto eu, obviamente.

"Vocês são muito... Bonitas" talvez tivesse saído mais como uma pergunta, mas o que queriam? Eu não ignorava a existência delas, já era uma dádiva.

"Obrigada... Eu acho. Pode me chamar de Ronnie, como as pessoas normalmente te chamam?"

Está na hora de mostrar as garras, Cher.

"Depende" juntei uma boa quantidade de ar em meus pulmões. "Vadia Demoníaca, Ruiva Desaforada, Basic Bitch, Rainha da Escola, Princesa do Narcotráfico, HBIC, Santa'nas, Vaca, Rainha Vermelha e por último, mas não menos importante, Rua Possuda n°666." Ela deu de ombros. "Dizem que minha bunda é tão grande que tem a própria caixa-postal, mas podem me chamar de Cheryl Bombshell, a maioria das pessoas me conhecem assim, sintam-se livres para tremer."

Ergui meu corpo e fui atrás de minhas bagagens, já tinha dado uma idéia do quão insuportável poderia ser, ou seja, dever comprido por hora. Entretanto, minhas malas não estavam mais lá quando cheguei, alguém já tinha feito isso por mim e eu estava adorando aquilo. Oh, como estava. Um belíssimo ruivo subia as escadas com minhas bagagens e enquanto as descia pude desfrutar daquela perfeita visão. Seus braços eram como colinas de um pasto, já sua caixa tóraxica era como uma daquelas grelhas de churrasco, sabe? Aquelas com vários quadrados, a diferença era que os do ruivo eu realmente tinha vontade de tocar.