Ate mais

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Ela estava tão assustada, tão linda me abraçando... o perfume, o mesmo perfume que senti na sala do karaokê, por isso perguntei dela. Mas naquele momento, ela estava junto a mim, ela confiava em mim. Embora conseguisse sentir o medo dela, tive que acalma-la:
-então, você abraça qualquer um?- ela voltou a me apertar, eu não conseguia ficar quieto com ela se sentindo assim. -ei calma, eu estou aqui, vou te proteger.
Ela olhou para cima, com os olhos molhados
-você promete?-eles me olhavam como se pedissem algo mais.
-prometo o que?-tive que perguntar para ter certeza do que ela queria.
-que vai me proteger.
-claro que prometo. -eu já sentia o clima mais leve.-você trouxe o meu suco?
-que suco?-ela forçou um sorriso.
-o que eu pedi, você nem me respondeu .- fiz biquinho, para que ela pudesse ficar melhor.
-desculpa -Ela falou saindo do abraço.-pensei que era brincadeira.
-tudo bem, não se preocupe. Você mora longe? Tem alguém para te acompanhar?
-eu moro um pouco longe, depois da ponte... e não não tem ninguém pra me acompanhar, meus pais viajam hoje de tarde.
Merda, eu não podia...
-quer que eu te acompanhe?
-sim,por favor -ela abriu o sorriso.
Ela começou a me mostrar o caminho, começamos a conversar.
-ultimamente você tem prestado bastante atenção nas aulas...
-e por que o conteúdo é muito interessante.
-deve ter algo mais interessando que isso não?
-sim... mas eu continuo gostando, eu sei como os personagens dos poemas se sentem, e por isso que gosto tanto.
Tive que mudar de assunto. Percebi que tínhamos passado pela tal ponte.
-sua casa é muito longe?
-não, esta bem perto para falar a verdade.
-ok...
-e você? Qual é a sua parte favorita dos poemas clássicos?
-eu gosto dos de guerra.
-você nuca se identificou com os de amor?
-claro que já. Você...-por que e tão difícil perguntar?-já conseguiu quebrar a distância com o tal garoto?
-acho que tá caminhando, a gente tem se falado mais.
-entendo ...
-bom essa aqui é minha casa.-ela para na frente de uma casa da porta branca, com um pequeno caminho de grama. A casa não era muito grande, a julgar pelo tamanho, talvez tenha uns 2 andares.-muito obrigado por me acompanhar.
-claro.
é gozado como uma simples cerveja pode balançar todos os seus sentidos, eu nunca fui bom para a bebida. Tinha saído com meus amigos mais para tirar toda aquela aflição da cabeça, mas ela tinha que aparecer...
Eu me aproximei do seu rosto, não iria beija-la , só queria provoca-la, por mais que não fosse fazer nada, me sentiria um pouco melhor com o que eu estava sentindo, não seria nada demais, falei no ouvido dela.
-sempre que você precisar, estarei à sua disposição, pode me chamar a qualquer momento.
Eu a vi ficando vermelha, ela ficou tão fofa, se escondeu entre os cabelos.
-até mais.- Ela fala rápido e correu para a casa.
Acho que exagerei demais.

Sonhando acordada Onde histórias criam vida. Descubra agora