A mãe

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Estava eu e o Namjoon, no meio da sala, escutando algumas musicas, meu coração começou a acelerar quando ele se aproximou, até quando ele iria continuar assim?
Começamos as nos beijar, era um beijo intenso e carinhoso, os lábios dele eram macios, precisos e se acomodavam perfeitamente nos meus.
O beijo foi ficando mais quente, eu não queria parar, mas ele começou a ficar cada vez mais excitado, eu conseguia sentir se membro duro nas minhas coxas, ele passava a mão pelo meu corpo. Como pará-lo?
Eu queria pará-lo?
E para completar toda aquela situação ele pôs a mão nos meus seios, ele os apertavam, não era ruim, mas a vergonha pelo que estava acontecendo era maior ainda.
~toc-toc~
Alguém bateu.
Ele se levantou rapidamente, e
Olhou para a porta, a princípio pesei que não seria na casa dele.
Eu estava tão envergonhada, queria encontrar algum lugar para me esconder.
~toc-toc~
Dessa vez eu tinha certeza que era na casa dele, o desespero começou a tomar conta de mim... descobriram, descobriram.
-Namjoon, abra essa porta, anda! não demore não.
Uma voz feminina começou a gritar, comecei a me questionar quem seria, mas o meu pânico continuava presente, quem é?
-Namjoon! O que uma mãe tem que fazer para você obedecer?
"Mãe" a mãe do Namjoon, o que ela está fazendo aqui?
Olhei para Namjoon pedindo uma explicação, o mesmo tempo olhou para mim e respirou fundo.
-pois é, entra na brincadeira ok? Vai conhecer a minha mãe antes do tempo -disse ele rindo.
-sua mãe...
Senti meu rosto ficar quente.
-calma, vai dar tudo certo.
O Namjoon abriu a porta.
Uma senhora pequena e de olhos bem puxadinhos entrou, ela lembrava um pouco o Namjoon, mas acho que pelo fato dele estar com o cabelo verde não pareciam muito.
-olá mãe, como a senhora está?
-muito bem, obrigada... por que demorou tanto tempo para abr...-Ela olhou para mim.- Namjoon? O que você está fazendo com uma menina tão nova na sua casa, não vai me dizer que é uma daquelas meninas que você paga para dormir?
Agora sim fiquei vermelha, depois entendi  o por que a mãe do Namjoon estava falando isso, eu também acharia, eu estava com os lábios inchados, cabelos desgrenhados e com alguns botões da minha blusa abertas, quando foi que ele abriu?
-mãe, por que a senhora tem que ser tão maldosa? Mãe, essa é a Anna, minha namorada.
O que? Minha namorada????
-mas ela parece uma menininha de colegial, quantos anos você tem garota? Você então é japonesa certo?
Eu não conseguia falar nada.
-não mãe, ela não é japonesa , ela tem 19 anos e está na faculdade.
-por que ela não fala nada?
-por que a senhora está deixando ela constrangida. Anna, meu amor, fala algo.
Eu estava tão nervosa que comecei a falar em português, a cara da mãe dele me fez perceber o que estava acontecendo.
-me desculpa, eu só estou com vergonha, olá eu sou a Anna é um prazer conhecê-lá- eu falei me abaixando.
Foi nessa hora que eu percebi o que estava acontecendo.
-querida, que bom, alguém para colocar juízo na cabeça desse moleque. Me diga como se conheceram? Se for deixar o Namjoon falar ele nunca vai abrir a boca, bem que a irmã dele falou que ele estava diferente, por isso vim para cá. Mas se ele tivesse falado que tinha encontrado uma mulher nem tinha vindo.
Eu soltei um sorriso.
-enfim, por que você não avisou que viria? -disse ele.
-e do que adiantaria? Você iria ficar fugindo como sempre faz. Então querida como se conheceram?
-bom... foi no karaokê, tínhamos saído em um encontro com os nossos amigos e nos conhecemos.- ele respondeu.
-entendo, faz quanto tempo que estão juntos?
-pouco tempo, acho que foi por isso que a senhora não ouviu falar dela. Anna, -ele vira pra mim- não está ficando tarde? Eu te acompanho. Mãe eu já volto.
-claro, senhora Kim, foi um prazer conhecê-la.
Namjoon me puxou apressado, ele não estava nem um pouco confortável com a situação, será que ele não queria que eu conhecesse a mãe dele?
-me desculpa.-ele fala.
-pelo o que ?
-pela minha mãe é por antes, acho que passei dos limites com você.
-tudo bem, vamos no nosso próprio tempo.-falei mais pra mim do que para ele .
-ela gostou de você.
-como você sabe?
-pelos olhos dela, não é muito fácil passar pela aprovação dela, mas você passou.
O caminho até a minha casa já estava praticamente completo, ele preferiu se manter ao meu lado, somente assim, nada de pegar na minha mão ou de fazer alguma coisa, parecia que tínhamos um abismo entre a gente, mas logo foi quebrado.
Chegamos na porta da minha casa, ele se despediu e me deu um beijo, eu não queria que ele fosse embora, mesmo entendendo tudo. Eu só queria poder ficar o tempo todo dentro daquele abraço.
-até amanhã pequena.
-pequena?
-acho que é o mínimo do que eu tenho a dizer hoje, é bem... você é pequena .
Eu dei um sorriso , dei um último selinho nele e entrei dentro de casa.

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