- magro, magro

30 3 3
                                    

Alguém... anda entrando no meu quarto... toda noite.

Toda noite, quando as ruas estão escuras, desertas, e os passarinhos já não cantam mais, ouço a porta do meu quarto abrindo, rangendo, e... passos.

Consigo ver os olhos brancos, vazios, me olhando, observando minha respiração ficar cada vez mais acelerada a medida que chega mais e mais perto da cama, onde estou.

Só quando chega perto de mim, que consigo ver seu corpo magro, magro demais para ter forças para andar, magro demais para ainda estar vivo.

O que anda entrando no meu quarto ainda não me tocou, mas, mesmo assim, consigo sentir a frieza da sua pele, a frieza que é não ter sentimentos.

A criatura senta no pé da minha cama, e... apenas da um sorriso... um sorriso grande, com dentes pontudos e continua me observando... parece que gosta de ver a agonia que se espalha por meu corpo toda vez que olho para seus olhos brancos.

Não consigo gritar, nem correr... só fico ali, deitado na cama, paralisado, o olhando fixamente, nem olhar para o lado eu consigo.

Ainda não sei o que a criatura quer entrando no meu quarto toda noite, mas, confie em mim, até a morte é melhor do que sentir aquele olhar vazio.

Aviso e agradecimentos: essa história foi feita por minha amiga Valentina Schincariol, todos os direitos dessa história são dela e somente dela.
Muito obrigado por deixar eu postar esse continho.

historinhas e contosOnde histórias criam vida. Descubra agora