Terceira parte

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Capítulo Vinte e Três


Olhamos na direção de Júlio, que vem para cima de nós. Eu me agarro em André, para me proteger de sua ira. Ele me protege com o corpo, Júlio aproveita e acerta um murro no rosto de André, que revida. Os dois começam a se socar, eu não sei quem bate ou apanha. Nesse momento me dou conta de como fui irresponsável, deixei meu coração falar no lugar da razão, agora só Deus sabe o preço que pagarei. Fico olhando a cena em pânico paralisada, tudo fica lento. Seu Antônio ordena para os dois pararem, Dona Ana corre para fora e chama os seguranças. Amanda e Letícia descem as escadas gritando por André. Três seguranças entram, dois seguram André que está em cima de Júlio lhe socando e o outro segura Júlio que ameaça André.

- Eu vou matar você. Ela é minha mulher, você a deixou pra trás e eu quem cuidei dela. Ela é minha.

- Seu mimado egoísta nunca soube perder. Você armou para mim e eu caí. Você e está mentirosa da minha mãe.

André questiona Amanda.

- Você é minha mãe, como pode fazer o que fez?

- André meu filho, não fui eu. Você tem que entender que eu e seu pai queríamos o melhor para você.

- O quê? Meu pai também? Como vocês puderam fazer isso comigo? Eu odeio você por isso mãe.

Júlio parece se divertir com a aflição de Amanda, que pede perdão ao filho. Amanda vira toda sua raiva contra mim.

- Me diga o que você fez para que isso acontecesse? - ela gruda em meus braços me sacudindo com força. Eu estou com os olhos arregalados assustados. Não só com tudo aquilo, mas com o que vai vir depois.

- Solta a Camilla mentirosa - grita André para mãe. Ele está com muita raiva dela.

- Eu não menti. Portanto que hoje esta interesseira é mulher do Júlio.

- Cala boca sua frustrada. E tire suas mãos dela - fala Júlio para tia. Ele se solta do segurança vem para cima de nós tirando as mãos de Amanda de mim. Tento escapar dele, mas Amanda me cerca.

- Suma os dois daqui - ordena Amanda.

- Não. Vô não deixa Júlio levar ela - Seu Antônio que assistia tudo, mudo, tenta acalmar Júlio.

- Por favor, Júlio se acalme, vamos conversar. Você está muito nervoso.

- O que é Vô? Vai defender seu queridinho? O Senhor não viu o que este filho da puta estava fazendo? Agora vou resolver do meu jeito.

- Deixe sua mulher ir pra casa do pai dela. E quando estiverem mais calmos vocês conversam.

- Júlio me deixe ir. Você está nervoso. Escute seu avô.

- Vagabunda - rosna ele para mim

- André fuja - eu gritava para ele enquanto era arrastada por Júlio para fora da casa. Ele tinha um ódio mortal nos olhos.

- Por favor, Júlio me solta me deixe ir embora.

- Eu te avisei Camilla. Eu te falei que não ia dar chance para se arrepender - luto para escapar dele. Ainda posso ouvir os gritos de André implorando para sua família não deixar Júlio me levar. Minha força é nada contra a dele, que me domina me jogando para dentro do carro pelo lado do motorista. Assim que ele entra no carro um tapa estala em meu rosto tão forte que corta meu lábio superior fazendo-o sangrar.

- Por favor, Júlio para com isso... Eu...

- Cala boca sua vagabunda.

- Vamos conversar você tem que entender... - antes de eu terminar a frase outro tapa queima minha face.

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