Agora vai

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POV DAY

[...]

Eu realmente não tinha entendido o que minha mãe quis dizer com aquilo, eu apenas a estava olhando com cara de confusa, eu juro que não tinha entendido.

-Como assim "fazer algo pra mim"? - perguntei com um certo medo de sua resposta.

- Dayane, a mãe te ama muito, mas eu não tô conseguindo mais sustentar nós duas - olhei pra ela com olhar triste e assenti com a cabeça. Era doloroso saber das dificuldades que ela estava passando sozinha. Não queria vê-la desse jeito, e não queria ter que ser um peso pra aquela mulher que tanto amo.

-Filha, o restaurante está indo de mal a pior e estamos cheias de dívidas. Mesmo se você me ajudasse com mais frequência não iria ser o suficiente. Acho que vou ter que fechá-lo.

- Que? fechar?- a olho com um olhar confuso.

- Não tem mais jeito, Day. Não tem como, eu já devo muito ao banco. - me olhou segurando as lágrimas. - eu preciso da tua ajuda.

- Claro, mãe, eu vou te ajudar. Vamos sair juntas dessa, ok?- me calo e a abraço bem apertado.

Estou me sentindo muito mal por nunca ter percebido que estávamos com problemas financeiros. Como eu não percebi todos os sinais? Quando fazíamos compras, minha mãe deixava de comprar várias coisas, mas sempre pensava que era porque não precisávamos. Porra Dayane, é claro que precisávamos - me xingo mentalmente.

-Day? - minha mãe interrompe o abraço e meus pensamentos e olha fixamente pra mim. -Você deveria investir na música. Sua voz é linda. Por que parou de tocar nos bares?

-Ah...eu percebi que não era o que queria - Menti. Eu adorava tocar nos bares, eu adoro tocar em qualquer lugar na verdade. Mas parei pois não me sentia bem tocando em um um ambiente onde o público nem ligava pra mim. Eles não estavam lá por minha causa.

- Não minta pra mim, eu te conheço! Sempre vejo seus olhinhos brilharem quando canta. Principalmente quando são as músicas daquela Carol Biazin, é assim o nome?- senti minhas bochechas queimarem.

Minha mãe estava certa como sempre. Cantar é o que eu mais amo fazer na vida, principalmente quando são as músicas da Carolzinha. Ahh... aquela mulher é incrível. Seria o o meu sonho compor alguma coisa com ela.

-...Day? - minha mãe me tira do transe.

-Tá decidido, mãe! Vou investir na música. - digo com uma firmeza e coragem que não sei da onde surgiu. - minha mãe da pulinhos de alegria e sorri de orelha a orelha.

Após uns minutos do seu surto de felicidade, Selma agora estava me olhando com um olhar confuso e preocupado.

-Day...como você vai pra SP sem grana? - coloca a mão no queixo.

- Tem o Vitão, lembra? Somos bem amigos e acho que ele não se importaria em me alojar no seu apartamento por uns meses. - faço uma pausa -Não quero abusar muito então por isso vou cantar em uns bares pra conseguir um dinheiro pro aluguel e pra fechar contrato com uma gravadora qualquer. - digo destemida.

Eu sabia que teria que batalhar muito e correr atrás de muita coisa pra algum dia conseguir um bom dinheiro pra ajudar minha mãe, e claro, eu não posso negar que cantar sempre foi o meu sonho, então acredito que vai ser algo prazeroso em se conquistar.

POV CAROL

[...]

To tentando lidar com o fato de que ele gosta do café daqui também, não basta me ver só no estúdio, temos que nos encontrar na minha cafeteria favorita ainda. Seria o destino?

- Oi, Vitão!! Bom te ver. - dou um sorriso e beijo seu rosto. - suas bochechas coram (??????????)

Vitão estava vermelho, é isso mesmo, produção? Ai meu Deus, eu vou passar mal. COMO ELE FICA LINDO TODO VERMELHINHO AAAAAA. -deixo escapar um sorriso bobo com todos esses pensamentos.

- Carol? Por que tá rindo?- Vitão pergunta rindo da minha cara

- é q-que l-l-lembrei de um meme muito bom. -sinto meu rosto esquentar e começo a rir de nervoso.

-Hmmm, ok...- diz desconfiado

- Quer que eu te acompanhe até sua casa? - se aproxima até o caixa pra pagar o café - Daí você aproveita pra me mostrar esse meme no caminho, Pode ser? - sorriu simpático.

- C-claro! - melhor eu lembrar de um meme ótimo pra mostrar pra ele.

Saímos da cafeteria e pra conseguir puxar assunto, comecei uma conversa sobre músicas, carreiras e essas coisas de trabalho. Às vezes eu até podia sentir ele me olhando diferente, mas acho que foi só impressão minha, acho que eu queria tanto que ele me olhasse daquele jeito, que acabei enxergando o que queria.

- Seu apartamento é aqui, certo?- abre a porta do saguão sem nem mesmo esperar eu responder.

- É sim. Acho que você já sabia - ele se aproxima de mim e beija meu rosto do mesmo jeito que fiz lá na cafeteria.

Entrei no elevador e ainda conseguia ver o Vitão lá embaixo esperando eu chegar no meu andar. Será que ele estava gostando de mim? Será se eu estou apenas me iludindo? - chego no meu andar e me distraio dos meus cachorros latindo ansiando a minha chegada.

-Oi, nenês - digo enquanto tranco a porta.

O que acharam desse possível casal? Muita química, né?! (risadas irônicas).

Volto logo. beijos S2.

It's You (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora