E se?

Octaven

• Vou deixar uma confissão aqui totalmente desnecessária, mas tá complicadíssimo manter o foco e conciliar a fic com as responsas, então perdão aos envolvidos•

Octávia.

Raven realmente não sabia andar devagar. Mas, tenho que admitir que aquele vento todo estava me fazendo bem. Foi só quando paramos que me dei conta que estávamos no alto de uma montanha praticamente.
Octávia: Garota, eu devo me preocupar por estar tão longe, tão no alto e com alguém que nem conheço direito?
Raven: Olha, aí depende de alguns fatores, né? Por exemplo, você queria estar perto? Tem medo de altura? E sobre não me conhecer direito é negligência total sua, Pocahontas, porque teve um tempão aí pra me conhecer. Se não gastou um tempinho stalkeando aí minhas redes sociais foi porque não quis.
Octávia: E eu jurando que você era de escorpião viada, mas é canceriana à beça.
Durou 5 segundos, mas fiz ela rir.
Raven: Cala a boca. Vamos treinar.
Raven começou a andar e conforme segui ela, percebi que não estávamos sozinhas como pensei, atrás de onde estacionamos a moto, havia um pátio gigante e uma casinha mais afastada. A qual descobri depois que de inha não tinha nada.
Raven: Aqui é um centro de treinamento que eu costumava estagiar. Eles são focados em artes marciais e na cultura em si, mas também são bem solicitos e deixaram que eu lhe trouxesse aqui algumas vezes para, você sabe, liberar a rebeldia. - Revirei meus olhos. - Tô brincando. Eu sei que você passou por umas barras, e que não deve ser fácil superar a barbezinha, mas ó, esse lugar é bom demais. Tenta só se conectar e - Estava lindo o discurso dela, mas não aguentei segurar o riso por tanto tempo, acabei cambaleando de tanto rir e sentei na mureta de um canteiro.
Octávia: Barbezinha - disse, rindo. - Acho que essa é, de longe, a melhor definição para a Clarke. Mas, sabe, ela não foi sempre assim. No início era até bacana, mas é como dizem, chega um dia que a "fama" sobe na cabeça e deixa a pessoa louca.
Raven: E ela é famosa?
Octávia: É não, modo de dizer. Mas sabe aquelas cenas de filminho clichê onde a patricinha se apaixona pelo garoto meio zé ninguém do colégio, aí trai o namorado e acaba com a vida do zé só porque queria um pouco de diversão? Eu era o zé.
Raven: E o namorado era o meu irmão.
Octávia: Que? - Raven desviou o olhar, e depois de respirar fundo voltou a falar.
Raven: Finn era apaixonado pela Clarke, ele até tinha arrumado um trabalho para comprar mais presentes para ela. Mas ela nunca assumiu ele, e eu sempre desconfiei disso. Quando ele descobriu que ela estava ficando com uma amiga dela, ele ficou arrasado e resolveu se mudar e recomeçar em outro lugar. Então, vendeu o carro e uns instrumentos que tinha, comprou uma passagem e foi para outro estado. Tem meses que eu não o vejo, mas ele diz que agora está bem e que quando não está egoísta ele se sente muito feliz por ela ter se descoberto. MAS O QUE ME DEIXA P DA VIDA É QUE ELA SACANEOU ATÉ CONTIGO, MEU.
Octávia: Eu ri mas é trágico. A questão da Clarke nunca foi a sexualidade, mas sim o comprometimento. Ela é comprometida com ela, e só.
Raven: Eu não aguento mais falar dela.
Octávia: Nossa que bom, porque eu também não.
Raven: Bora tomar um chopp?
Octávia: AHAHAHA tu é foda, parece até que caiu do céu.