Capítulo 4

46 1 3
                                    

Acordei por volta do meio dia. Estava todo mundo na cozinha. Então peguei um roupa pra mudar pra ir na casa da Luane e contar pra ela o ocorrido.
Passei correndo por eles e fui direto pro banheiro.
Fazia muito tempo que eu não chorava tanto, eu acho que talveis até meses sem chorar.
Cheguei no banheiro e me olhei no espelho. Eu tava com os olhos super inchados! Eu não tava em condições em ir na casa da Luane. Não nesse estado! Quando eu ia sair do banheiro, bateram na porta. Era o meu pai.
-Filha? É você querida?
-Oi pai. Sou eu sim!
-Está tudo bem aí? Você acordou sem falar com ninguém.
-Estou bem sim pai. Não se preocupe.
-Posso entrar, querida? -Bufei e abri a porta.
Ele não disse mais nada. Apenas entrou e fechou a porta. Mas não a trancou.
Ele se sentou na tampa do vaso e ele fez um sinal na direção do seu colo. Me abaixei e o abracei pelo cintura. Me senti um pouco sufocada pela camisa polo dele, mas mesmo assim me senti segura.
E naquele silêncio interminável, ele disse:
-É uma droga! Tudo isso.
-Isso o que? Mamãe te falou alguma coisa?
-Falou sim... Sinto muito querida.
-Vai ficar tudo bem pai... eu tenho esperanças que tudo vai dar certo.
-Quem bom filha. A esperança é a última que morre.

Eu ele saímos do banheiro e perguntei pro meus pais se eu podia ir na casa da Luane. Eles deixaram. Mesmo com a minha cara pavorosa eu fui.

Quando acanei de contar tudo, Luane disse:
-Tive uma idéia maluca Fernanda!!-Ela disse gritando e mãe dela perguntou se estava tudo bem no quarto e respondemos que sim pra cairmos na gargalhada depois.
-Fala então! Que idéia maluca você teve? -Falei eufórica e ansiosa.
-Nós duas podíamos ir agora mesmo na casa do Bruno!! -Ela disse quase gritando como na última vez.
-Claro que não Luane! Que idéia! E por acaso você sabe aonde ele mora?
-Claro que eu sei amiga!! Eu ando pesquisando tudo sobre ele pra você. Mesmo você saber. Haha
-Humm. Mas vamos fazer oque na casa dele?
-Só pra você ver ele boba! Olha, você sabe que temos um trabalho pra fazer né?
-É o de ciências?
-Sim. Eu e você vamos fazer juntas. E ele vai fazer sozinho.
-E como você sabe que ele vai fazer sozinho?
-Eu procurei saber né Fernanda!
-Aata. Mas será que ele vai topar fazer o trabalho com a gente?
-Caraca hein! Você tem um pessimismo...
-Tenho nada Luane! Só não sei se ele vai aceitar. Ele sempre faz os trabalhos sozinho.
-Bom, vamos ou não vamos na casa dele Fernanda? Já estamos enrolando bastante!
-Sei lá. ..
-Vamos... eu sei que você tá morrendo de vontade de ir lá.
-Tá... isso eu não posso negar. -Bufei. -Tá tá. Vamos lá logo antes que eu mude de idéia.
-Heeee!! Agora se arrume.
Se arrumos e fomos.

Chegando lá eu amarelei.
-Que foi Fernanda? Porque você parou? Vamos logo, estamos quase chegando.
-Será mesmo que é uma boa idéia?
-Vamos logo você já chegou aqui. Não vai amarelar agora né?
-Tá. Vamos.

Chegamos lá e ouvimos a voz dele. E Luane o chamou. Ele abriu o portão e sorriu.
-Oi! Que surpresa vocês aqui. Oi Fernanda. Você está... Linda. -Sorri e abaixei a cabeça e agradeci super, mega, ultra invergonhada.
-Bom... qual é o motivo da visita?
-Eu e Fernanda queríamos que você fizesse o trabalho com a gente.
-O de ciências?
-Sim. -Respondeu Luane.
-Bom... eu aceito sim.
-Que bom! -Eu exarei. Puts!
-Que bom que você ficou feliz Luane. Também estou.
Ficamos encarando um pro outro por alguns segundos e Luane disse:
-Ah isso é sério gente?? Estou mesmo segurando vela aqui? Misericórdia!
-É... -Bruno começou. -Vocês querem entrar? Eu estava agora mesmo preparando o meu lanche. Cabe mais duas pessoas na minha sala de estar.
Eu e Luane olhamos uma pra outra e eu e ela falamos juntinhas.
-Adoraríamos! -Olhamos um pra outra denovo e rimos. Bruno riu também.
-Vamos? -Bruno disse e entramos.

A casa dele era enorme, linda e extremamente limpa. Ele nos mostrou a cozinha e tinha de tudo lá: maçã, pera, uva, melancia... Também tinha pães (até pão doce! Amooo!! Hehe), doces, salgados...tudo o que eu podia imaginar de comida tinha na casa do Bruno. Do lado de fora da casa, parecia simples mas grande. Mas pelo visto ele era rico!
-Vocês não querem ver o resto da casa?
-Adoraria. Você vem Luane?
-Claro! Espere um pouco.
Ela pegou o máximo de comida e fomos.

Nós duas saímos de lá depois de 3 horas (!!!). Nós estávamos exastas. Quando eu e Luane saímos do portão de Bruno, eu perguntei pra ele:
-Bruno, você podia me dar o seu número? -Olhei pra trás e não vi Luane, mas ela estava lá na frente (eu acho que ela estava bêbada. Eu vi algumas garrafas de Vodka e Vinho. Não duvido nada de ela ter bebido).
Bruno me respondeu:
-Pensei que você não ia me perguntar. -E se aproximou para perto de mim. -Você poderia me emprestar o seu celular?
-É claro! -E entreguei o meu celular pra ele.
-Pronto. -Ele disse e depois deu um sorriso.
-Obrigada. Tchau!
-Tchau. Até breve. -E sai correndo igual uma maluca chamando Luane. Ela nem escutou (Palhaça!).

Levei Luane até a casa dela, mas não me demorei. Cheguei em casa por volta das oito horas. E meu pai disse:
-Oi filhota! Você demorou. Tava fazendo o que de bom lá na casa da Luane? -Eu não tinha falado pros meus pais a ida na casa de Bruno. Mesmo sabendo que eles iriam deixar. E também porque eu tava muito ansiosa pra ver Bruno. Então eu falei:
-Tava conversando com ela sobre coisas de meninas adolescentes que você jamais saberia. -E ri. Ele riu também.
-Bom, sua mãe não está em casa. E provavelmente ela não vai voutar tão cedo pequena. -Não gostava quando meu pai e nem ninguém me chamava de pequena (mesmo eu sendo). Mas eu fiquei quieta e não mostrei nenhuma reação que isso tinha me encomodado.
-Está bem. Você que vai fazer o jantar hoje?
-Não. Vou pedir um hambúrguer ou uma pizza pro jantar e queria saber o que você vai querer. Eu e o seu irmão estávamos te esperando.
-Aata. Em falar nisso, cadê Rafael?
-Tá no quarto jogando desde a hora que você saiu.
-Como sempre. Esse aí não tem jeito...
-Verdade querida. Agora vau tomar seu banho. E você já se decidiu o que pedir pra essa noite?
-Não sei não.... talveis uma pizza cairia bem. Hehe.
-Está bem então vou pedir agora mesmo.
Comemos e fui dormir as nove e meia. Estava cansada. E eu ia ficar a tarde toda na escola. Em plena segunda é puxado.

Estou Vivendo, Depois Eu Vejo Se Deu Certo. Onde histórias criam vida. Descubra agora