- Capítulo 41 -

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STORM WINTER

  O ódio que sentia pelo guardião do fogo me fez socar o chão fortemente para não atingi-lo com meus poderes. Meu coração estava quebrado, mas a dor passava a ser consumida unicamente pela fúria.

  Apoiando minhas mãos no solo, me coloquei de pé. Podia sentir o gelo dentro de mim envolvendo meu corpo, meus olhos provavelmente brancos pelo descontrole. Minha atenção estava totalmente no homem, que agora era segurado por dois guerreiros do nosso exército.

  — Storm! — o grito de Nik foi vago ao alcançar meus ouvidos, minhas pernas se movendo rapidamente em direção ao poderoso do fogo.

  Entretanto, antes de alcançar o maldito, meu corpo foi agarrado por trás. Quem quer que seja, estava começando a receber parte da minha raiva.

  — Storm, você não pode fazer isso! — Alasca murmurou próximo ao meu ouvido. Seu braço estava preso à minha cintura, mas nada tirava meus olhos de Edgar.

  — Levem ele para a prisão — Thomas deu a ordem, me tirando um grito de raiva.

  Me debati mais uma vez para me soltar, mas o último rei foi rápido ao prender meus braços contra meu próprio tronco.

  — Seu bastardo — o homem berrou ao ser empurrado pelos membros do reino. Suas palavras pareciam apenas piorar meu estado de fúria — Sabia que não é meu filho, não é? Sua mãe foi burra demais para se envolver com um dominador de terra imundo. Você foi um erro, seu impuro inútil.

  Mesmo presa, forcei meu corpo para frente para atacar.

  — O que fez com ele? O que fez com o verdadeiro pai de Thomas? — perguntei aos berros — Responda!

  O elementar levantou seu rosto em minha direção, sorrindo sarcasticamente antes de abrir sua boca.

  — O mesmo que fiz com sua mãe.

  Em um movimento impressionantemente rápido, Thomas arremessou seu punho no rosto do homem, o fazendo cambalear para trás. Se não fossem os soldados que o escoltavam, ele teria caído no chão.

  Apesar da minha fúria, senti minha cabeça girar por um momento. Meus olhos arderam ao sentir uma forte dor em minha perna.

  — Storm? — Alasca chamou ao sentir meu corpo perder força.

  A clareira rodava, meus ouvidos eram tomados por um zunido quando agarrei minhas mãos na roupa do antigo rei. Meus joelhos enfraqueceram, mas, felizmente, fui segurada antes de atingir o gramado.

  Um suspiro saiu dos meus lábios ao olhar para o céu acinzentado. As vozes sumiram, dando conforto ao meu coração dolorido.

  Pela primeira vez em algum tempo, me sentia verdadeiramente livre. 

 

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O Último Floco de Neve | FinalizadoOnde histórias criam vida. Descubra agora