Por favor leiam a nota final.
Boa leitura.
Os braços do Sam continuavam à volta do meu corpo, eu tinha a minha cabeça encostada ao seu peito permitindo-me assim ouvir o seu coração a bater de forma apressada. Ele também está mal e eu em vez de o consolar estou aqui a molhar e a sujar a sua camisola com as minhas lágrimas e a maquilhagem a esta altura deve estar toda burratada.
- Desculpa Sam - sussurro contra o seu peito e coloco os meus braços à sua volta.
- Não tens de pedir desculpa, eu devia tê-las protegido. - ele diz e puxa o meu queixo para cima limpando com os seus polegares as lágrimas que teimavam em continuar a cair.
- Vai lavar a cara para depois irmos à policia não podemos ficar aqui parados. - eu assinto e solto-me dos seus braços.
Nunca me tinha sentido tão mal, claro que a morte da minha mãe foi dolorosa e que sofri muito, mas esta era ainda pior, o meu coração parecia que estava a ser arrancado aos poucos e o meu cérebro explodia de pensamentos horríveis. Eu não as posso perder, elas são a minha família, a razão pela qual eu ainda penso que posso ser feliz. Elas são tudo para mim.
Entro na casa de banho e olho-me ao espelho reparando na minha aparência, pareço um monstro com os olhos todos vermelhos e inchados e a maquilhagem preta espalhada pela minha cara. Passo face por água e seco-a numa tolha que estava pendurada. Saio daquele compartimento e regresso para a sala vendo o meu melhor amigo sentado no sofá a olhar para o nada.
- J-já p-podemos ir! - digo entre soluços.
Sam levanta-se e eu reparo que os seus olhos castanhos estavam brilhantes mas não de alegria, estes estavam triste e prestes a libertarem pequenas gotas.
- Sabes que não à mal nenhum num homem chorar à frente de uma mulher. - dou-lhe a mão e olho para o seu rosto triste.
- Eu sou um fraco - ele sussurra mas eu ainda consigo ouvir.
Sem hesitar coloco os meus braços à volta do seu pescoço e puxo-o para mais perto de mim, ele corresponde ao abraço e passado alguns segundos sinto algo molhado no meu ombro. Ele está a chorar.
- A. culpa. é. toda. minha. -diz fazendo pausas entre as palavras - eu não que...- estava a ficar farta de o ver a culpar-se pelo que aconteceu, por isso juntei os nossos lábios de forma a cala-lo.
- Vamos embora, anda. - digo assim que separo os nossos lábios. Pego na sua mão e puxo-o para fora do apartamento.
*Pov Sam on*
- A. culpa. é. toda. minha. -digo fazendo pausas entre as palavras - eu não que...- sou interrompido por uns lábios finos que chocam contra os meus.
Era a primeira vez que a Ângela me beijava. O beijo era calmo e lento, nunca tinha dado um beijo assim, normalmente os que dou são mais selvagens e sem compaixão. Antes de ela separar os nossos lábios dá uma mordidela no meu lábio inferior o que fez ficar a desejar por mais.
- Vamos embora, anda. - diz assim que separa os nossos lábios e pega na minha mão puxando-me para fora do seu apartamento.
Entramos no meu carro e eu pude reparar que a Ângela ficou tensa e a sua expressão voltou a entristecer, partia-me o coração vê-la triste e frágil e saber que eu sou o causador dessa dor. Porquê que eu não fui com ela, porquê?
Estaciono o carro à frente da esquadra da polícia e olho para a minha pequena que tinha voltado a chorar. Coloco a minha mão na sua perna chamando assim a sua atenção.
- Eu quero que saibas que estou sempre aqui. - dou-lhe um beijo na testa e saio do carro.
*Pov Ângela on*
Já estávamos dentro da esquadra, aquelas pequenas gotas salgadas que vivem dentro de nós decidiram continuar a cair. O Sam estava ao meu lado com o seu braço à volta do meu ombro de forma a acalmar-me.
Passado alguns minutos uma mulher que estava estava sentada atras do balcão decide chamar-nos.
- Boa tarde eu queria participar dois raptos.
A mulher que devia ter por volta de 50 anos faz-me um questionário e dá-me uma folha para eu participar os raptos, mas quem acabou por fazer isso tudo foi o Sam visto que eu estava muito nervosa.
- Só ao fim de 48 horas é que podemos da-las como desaparecidas. Eu sugiro que vá para casa e descanse. - esta mulher é louca só pode. 48 horas é muito tempo eu não vou ficar parada e quieta à espera que a pior notícia chegue.
- A senhora não deve estar bem. Elas estão nas mãos de um assassino. Ele matou a minha mãe e vai-se vingar. E ainda diz para eu ir para casa. Vocês são loucos e ainda dizem que lutam pela segurança dos outros. - digo exaltada.
- Vamos para casa. - Sam pede.
- Se vocês não as vão procurar eu vou - digo determinada e saiu de lá disparada.
- Ângela, calma. - ouço o Sam a dizer.
As lágrimas que tinham parado voltaram a cair. Como é possível ninguém se preocupar com a vida de duas crianças. Como?
Sam pega-me ao colo e coloca-me dentro do seu carro, pois eu já nem tinha forças para andar, isto estava-me a deitar a baixo.
- Ângela vai descansar um pouco. - ele diz assim que entramos em casa mas eu logo aceno com a cabeça em forma de negação - princesa anda lá eu vou contigo.
Depois de pensar acabei por concordar e levei-o comigo para o quarto, já era de noite e ambos estávamos cansados. Vesti o meu pijama, enquanto Sam ficou só de boxers deixando-me ver assim o seu corpo trabalhado. Deitámos-nos e eu aconcheguei-me ao seu corpo a pensar em como estarão as minhas princesas.
- Descansa meu anjo. - ele diz e deposita um beijo no topo da minha cabeça.
Ola meus anjos.
O quê que estão a achar? sejam sinceros
E agora uma coisa que me te. deixado triste é que eu tenho visto que os votos tem diminuído o quê que se passa não gostam? poe favor sejam sinceras eu não vos vou fazer mal e aceito criticas boas e criticas más.
Beijos e ate sexta.