Entro no velho armazém, uma brisa de ar frio embate no meu corpo assim como o cheiro a podre que invade as minhas narinas. Olho em redor e só vejo penas de pássaros, materiais velhos e um longo corredor com várias portas.
- ASHLEY, JASMINE! - grito, provocando eco naquele grande edifício.
- ÂNGELA! - ouço a voz da Ashley, um pouco distante.
Começo a correr pelo grande corredor, abro todas as portas mas nenhuma delas escondia as minhas princesas. Paro em frente a uma porta e rodo a maçaneta.
- Estão aqui? - digo batendo na porta.
- Mana tira-nos daqui, por favor. - conseguia perceber que a minha irmã estava fraca, mas a porcaria da porta não abre arg.
- Vou chamar alguém já volto.
Elas precisam de ajuda rapidamente, estão aqui à cinco dias quase de certeza que aqueles animais não as alimentaram como deve de ser. Eu estou feliz, finalmente encontrei-as e tudo graças ao Sam.
*Pov Sam on*
Estou feliz, finalmente consegui por a minha princesa a sorrir, ela lutou todos os dias para as encontrar e eu admiro-a. Se ela não tivesse aparecido na minha vida acho que ia continuar a ser aquele Sam arrogante e autoritário que sempre fui.
- Sam, olha ali! - Paul acorda-me do meu mundo de pensamentos e aponta para um sujeito velho que tinha acabado de chegar.
- PAUL AQUELE GAJO É O PAI DA ANGIE! .- grito e saio do carro sem pensar duas vezes.
*Pov Ângela on*
Estava prestes a sair daquela coisa velha e com um cheiro nojento, mas esbarro com uma estrutura grande o que me fez cair no chão.
- Pensei que não nos íamos ver! - aquela voz era me familiar. Olho para cima e vejo o ser nojento que me arruinou a vida - é hoje que eu me vou vingar.
- Eu se fosse a ti não acreditava muito nisso. - num ápice meto-me de pé à sua frente.
Num abrir e fechar de olhos tinha uma arma apontada a mim, o sentimento de impotência consumia-me. Como é que um pai consegue fazer tanto mal às suas próprias filhas?
- ANGIE!
- Quieto senão mato-o aqui. - ele diz e automaticamente Sam pára.
Ele continuava com a pistola na mão, lágrimas escorriam pela minha face com as palavras horrendas que saiam da sua boca. Ele acabou de admitir que tenciona-nos matar às três e em seguida Sam.
*Pov Sam on*
Eu continuava estático no mesmo local. Se eu desse mais um paço ele disparava contra a Ângela. Palavras duras e frias saiam da boca daquele ser, porque já nem homem ele é.
- Gerry Lance pouse a arma no chão. - alguns homens fardados entram naquele armazém. Finalmente eles chegaram.
- NÃO. - dito isto ele coloca a minha pequena à sua frente servindo de escudo.
Naquele grande momento de tensão Ângela dá uma cotovelada na barriga de Gerry e este larga-a deixando a pistola cair.
*Pov Ângela on*
Era agora. Peguei na pistola e apontei-a na sua direção, mas ele não mostrava ter medo de morrer. Assim que investe na minha direção para me tirar a arma eu recuo.
- Mata-me eu sei que é isso que tu queres. Vinga a morte da tua mãe e o sofrimento da tua irmã e da tua filha.
- CALA-TE - digo tentando parecer forte e determinada mas na verdade eu não conseguia disparar contra ele.
- Tu és igualzinha à tua mãe, uma puta barata. Pensam que são fortes mas depois não são nada.
- Não fales assim dela. - rosno.
Num momento de distração ele salta para cima de mim fazendo-me cair. A arma cai da minhas mãos e o monstro que estava em cima de mim dispara ao calhas sobre o Agente Brooks acertando-lhe no ombro.
- Agora foi este mas a seguir vai o teu amiguinho.
A raiva que estava dentro de mim começa-me a consumir e sem medos tendo tirar-lhe aquele objeto que já tinha ferido uma pessoa. As nossas mãos lutavam uma contra a outra e de repente o som de um tiro faz-se ouvir. Ele morreu. Ele está morto. O homem que destruiu a minha vida já não tem vida. Retiro o seu corpo de cima de mim e corro para os braços de Sam que olhava para mim boquiaberto.
Os agentes que estavam no local dirigiram-se para a porta que manteve as duas pessoas mais importantes da minha vida escondidas do mundo. O choro de Jasmine era ouvido e assim que a porta foi derrubada deparo-me com um cenário horrível. Ashley estava no chão desmaiada, as suas roupas estavam rasgadas e com sangue e a Jasmine estava em cima de um colchão velho velho. Bombeiros apareceram no local e colocaram a minha irmã numa maca levando-a para a ambulância. Eu pego na Jasmine abraçando-a contra o meu corpo e entro no veículo que iria transportar a Ashley. Antes das portas serem fechadas ainda vejo o corpo do meu pai a ser transportado naqueles sacos onde colocam os cadáveres.
Ola a todas/os o quê que estão a achar? Desculpem não ter colocado ontem como o previsto mas não deu mesmo. Desculpem.
Ate sexta-feira <3