Another Mission For Spiderman [stony/spideypool]

the man in the red suit

Saí mais uma noite para a ronda. Após a guerra protagonizada por meus pais, meu pai Tony disse que eu deveria continuar com as minhas rondas pelas ruas, que eu não deveria mudar minha vida. Eu sabia que aquilo era só uma desculpa para que ele pudesse ficar sozinho para chorar e beber sem ninguém ver. Mas, por mais que doesse deixar meu pai sozinho em sua própria amargura, eu também estava péssimo depois de tudo que aconteceu, e sair para combater os pequenos crimes espalhados pela cidade me ajudava a concentrar em outra coisa e diminuir um pouco a falta que meu pai Steve fazia naquela casa.

Uma certa noite, um cara de roupa vermelha apareceu no telhado do prédio que eu estava observando a cidade. Ele falava muito, às vezes até com ele mesmo. Ele era engraçado, e ficou sentado lá do meu lado por muito tempo, falando. Apesar de ser um tagarela assumido, eu não respondia muito ele, não estava no clima para conversas, todos os acontecimentos ainda eram muito recentes na minha mente. Qualquer lugar que eu olhava, conseguia enxergar Tony aparecendo com a armadura destruída, o rosto machucado. "Ele foi com Bucky, Peter. Ele foi embora".

Mas isso pareceu não incomodar o cara da roupa vermelha. Internamente, eu estava gostando da companhia, mesmo que não demonstrasse. Eu estava me sentindo extremamente sozinho. Morava com Tony, de vez em quando viajava para ver Steve, mas ainda assim, eu estava sozinho. Meus pais estavam submersos pela própria melancolia, e só havia espaço para eles nela. Apesar de passar o dia inteiro com Tony, raramente o via. Ele estava sempre ocupado, sempre na oficina, criando mais, construindo mais, e claramente, bebendo mais. Ele tentava esconder, mas o cheiro do álcool emanava dele quando ele saia do laboratório direto para o quarto, indo dormir.

Do outro lado do mundo, com Steve, não era muito diferente. Quando vou visitá-lo, passo mais tempo com os vingadores que estão com ele do que com ele. Meu pai está sempre treinando, bebendo cada vez bebidas mais fortes, numa falha tentativa de embriagar-se.

No dia seguinte, eu estava no prédio vizinho ao prédio do dia anterior, e um tempo depois, lá estava o cara da roupa vermelha.

- Você me confundiu, baby boy. Achei que estaria no prédio de ontem então fui lá. Por sorte vi você aqui.

Dessa vez, conversei com o homem da roupa vermelha. Ele me contou que seu nome era Deadpool, e eu achei um nome engraçado. Nos tornamos amigos, e nos encontrarmos no telhado durante a madrugada acabou virando uma rotina.