Há dois anos apaixonada por um homem comprometido com outra mulher, Rosana percebe a sua grande chance surgir quando vê seu amor platônico sem a aliança de compromisso e o inesperado acontece, ela embarca em uma noite regada de muito prazer.
O que e...
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Nove anos atrás
Eu, Rosana, solteirona, advogada, a prima menos abastada, filha de fazendeiros que foi criada pela tia para poder estudar nas melhores escolas da capital. Minha mãe, dona Telma é irmã da tia Tereza, elas são gêmeas. Por que as duas são tão diferentes?
Elas não são. Só seguiram vidas diferentes e foi isso que deu a elas formas opostas de pensamento.
A tia estudava arquitetura e a mamãe enfermagem. Tá bom, nisso elas eram muito diferentes. Um certo ano, na semana do saco cheio, Ribeirão estava lotada de festas universitárias, algumas super top e o tio Jair, que era estudante da Poli de São Paulo, tinha ido visitar um amigo da USP de medicina. Foi lá que ele conheceu a tia.
Minha mãe ainda demorou um tempo para conhecer o papai, ele era de Franca, tinha estudado agronomia lá e em algum lugar no meio do caminho entre os dois, papai tinha se machucado com algum maquinário na fazenda e foi atendido pela mamãe, que nessa época já tinha o diploma de enfermeira.
É, o papai não perdeu tempo mesmo.
Resumindo, mamãe foi morar na fazenda quando se casou com o papai e eles levam uma vida mais modesta que a da tia Tereza. É vida de interior, simplesmente isso.
Tia Tereza terminou a faculdade de arquitetura e veio para capital por causa do tio Jair, engenheiro. Depois de um tempo do tio trabalhando em uma construtora e ter ganhado muito dinheiro por lá, ele abriu a sua própria, justamente quando houve o primeiro boom dos condomínios de luxo. Juntos faziam o serviço completo. Ele do projeto estrutural, ela do arquitetônico e de quebra, o de interiores.
Já eu, levava uma vida estranhamente híbrida. Era super modesta nas férias quando eu voltava para a fazenda e ficava com o papai e a mamãe, e até que cheia de luxos na capital durante o período letivo, com a tia.
Na boa, não tinha grilo nenhum na minha adolescência por viver um pouco lá e outro cá, nem pelas diferenças de vida. Na verdade, foi um privilégio ter vivido um pouco dos dois mundos, adorava a vida simples da fazenda tanto quando gostava da sofisticação de morar com a tia.
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