Capítulo 4 🌹

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Oiê, Gurias... Boa diaaaaa 😍

Eu não saía sozinha com o Alê desde as férias do ano em que Jota e ele tinham se formado no colégio, foi ali praticamente o 'divórcio' da nossa amizade

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Eu não saía sozinha com o Alê desde as férias do ano em que Jota e ele tinham se formado no colégio, foi ali praticamente o 'divórcio' da nossa amizade. Cada um foi para um curso diferente na faculdade e eu sobrei no colégio para terminar o último ano. Vez ou outra, quando a tia Tereza deixava o Jota me levar para alguma festinha, que eu encontrava o Alê junto, a gente ficava no "oi, tudo bem?" e era só.

Logo depois ele arrumou aquela namorada que fazia marcação cerrada em cima de mim. A menina tinha um ciúme da p*rra do Alê, ela sabia que nós três tínhamos sido amigos inseparáveis no passado e sempre que eu aparecia com o Jota, em algum lugar que eles estivessem, aquela louca ficava vermelha de raiva, como um pimentão indigesto mesmo. 

A Soninha o tinha feito se afastar mais ainda do que estávamos distantes. Mas ela não afastou só a mim, afastou o Jota também. A sorte é que a amizade dos dois era tão forte que eles superaram esse deslize do Alê.

— Não!

— Ligue para ele, Rô! – Pareceu ser uma ordem dessa vez. — Ele não serve só para os saltos de parapente não. E o trauma da namorada possessiva já devia ter passado há anos. Ele só ficou um ano com a 'Soninha ciuminha' e isso foi há tanto tempo que já perdi a conta, essa birra entre vocês é do primeiro ano da nossa facul, tem que superar, até você já se formou, chega, as diferenças da faculdade são coisas do passado. 

— Não! – Mantive a minha posição. — Não era para você que aquela louca da 'Ciuminha' ligava toda noite para passar trote. Não sei nem porque você deu o telefone da sua casa para ela, porque ela ficava me aporrinhando, aquela louca fez da minha vida um inferno. Ainda bem que naquela época quase ninguém tinha celular, senão minha vida seria um inferno.

— Isso foi há muito tempo, ela era só uma 'criança' tinha dezessete anos e muito ciúmes da nossa amizade. A 'Ciuminha', coitada, implicava até comigo, mas já passou.

— Só dezessete anos? Ela tinha só cinco meses a menos que eu. Idade não é desculpa. 

Lembrei do carro popular que meus pais se mataram de trabalhar, por quase dez anos, para ser o meu presente de aniversário de dezoito, até ele foi vítima daquela lunática. 

E olha que eu precisava muito dele, porque a distância da faculdade que eu tinha entrado era absurda da casa da tia Tereza. 

— Você não acha que é muito tempo para ficarem com essa frescura de só se encontrarem quando eu estou junto? 

— Ele também nunca fez questão de consertar isso. O próprio Alê não voltou a me procurar depois que a poeira baixou, só falamos via você mesmo, quando você nos une e eu estou de boa com isso. 

— Isso é frescura de vocês. – Na verdade não era frescura, mas eu já tinha enterrado aquela história toda no passado. 

— Jota, deixa tudo como está.

Desejo - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora