Escrito por: LuaInAHoodie
Revisada por: Marveril
Créditos da capa: poesiadasflores
“No final das dificuldades vem a felicidade.”
Esse provérbio dita uma verdade universal e incontestável, na qual eu fui afogada no final do ano. Tanto com relação ao trabalho, quanto ao Taehyung, acho que só pude entender o valor de tudo depois de trilhar todo o meu caminho.
Beijar Taehyung foi uma decisão impulsiva da minha parte, coisa que não tinha muito a ver comigo, mas que eu não me arrependo também. Ele retribuiu o beijo com tanto carinho, foi como se nós dois estivéssemos brilhando na mesma intensidade ou ecoando na mesma sintonia. O sorriso que ele me deu quando nos separamos procurando por ar, foi maravilhoso, qualquer vestígio de medo, vergonha, ou sentimento reprimido foi docemente arrancado de mim naquele momento e isso foi apenas uma prévia dos efeitos que Taehyung teria sobre mim.
Fiquei inebriada naquela noite e quando ele foi embora, me deixando sozinha com Yeontan para digerir todos aqueles acontecimentos, eu ainda sentia o efeito da boca dele na minha e o cheiro dele na minha roupa, o que me deixou ainda mais agitada. Uma parte minha estava rindo de mim mesma por me encontrar tão absorta nele, não de um jeito ruim, claro, de um jeito diferente, já que eu nunca havia sentido algo assim nem com o garoto com quem dei meu primeiro beijo.
Dormir foi difícil, tanto porque Yeontan era bem agitado durante o sono e como eu tive a brilhante ideia de deixá-lo dormir em minha cama, aquela bolinha de pelos minúscula simplesmente pareceu virar um tiranossauro rex durante a madrugada; quanto porque Taehyung não saía da minha mente, nem a curiosidade sobre o que havia naquela caixa de baixo da mini árvore.
Uma pulseira com alguns pingentes um tanto peculiares nela. Eu normalmente não ligo pra essas coisas, não gosto de acessórios, mas o cuidado daquele presente realmente mexeu comigo. Um cachorro, uma taça de vinho, um controle de videogame e um patins de gelo eram os pingentes. Ele claramente pensou com cuidado naquilo e eu só desejei ter pensado em algo tão significativo quanto.
Dentro da caixa ainda havia um cartão: “Vamos criar mais memórias inesquecíveis, Melina-Ssi!” era o que estava escrito e eu quis explodir quando li aquilo com a voz dele em minha mente.
-Como ele espera que eu reaja a esse tipo de coisa, Tannie?! - Eu reclamei com o coitado do cachorro o dia todo e esse foi o meu natal basicamente, muito melhor do que eu poderia ter imaginado, aliás.
Yeontan e eu estreitamos nossos laços, eu até o levei para comprar o presente do Taehyung. Não que eu estivesse com medo dele estragar algo meu, longe disso - ok, eu estava sim - mas, ele foi uma boa companhia também. Saí de casa sem a menor ideia do que comprar e usei o cachorro pra me guiar, afinal, olhar para o Yeontan e não associá-lo ao Taehyung já era algo impossível pra mim e assim fui eliminando as horríveis opções em minha mente até encontrar algo que me pareceu perfeito.
Eu também falei com a minha mãe que não pareceu tão chateada mais por eu não estar com ela no natal, na verdade foi até divertido ouvir toda a bagunça ao fundo e falar com todos da família, de qualquer modo conseguimos ficar alguns minutos juntos, enquanto eu embrulhava o presente do Taehyung. E no final do dia quando ele apareceu, tão natural quanto em todos os outros dias, não me exigindo nada mais que um abraço e um sorriso, eu percebi que não havia nenhum tigre me ameaçando, tudo estava bem, eu não precisava estar calma, eu precisava apenas valorizar o que me havia sido concedido naquele ano.
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Provérbios De Melina
Fanfiction"Depois de três anos em uma escola da aldeia, até mesmo um cão pode recitar um poema." ou seja, a prática leva a perfeição e mesmo que eu não tivesse conhecimento desse provérbio antes, desde criança acreditei nisso. Os provérbios nos ensinam as coi...