oito.

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Instastorie

@caroltrincao

- Taki Taki, rumbaaa! - canto e danço ao som da música que ecoava na discoteca

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- Taki Taki, rumbaaa! - canto e danço ao som da música que ecoava na discoteca

O meu grupo tinha decidido jantar e de seguida sair, visto que, com os horários de Moura, nos sub-23, e do meu irmão, na equipa principal, eram raros os momentos que conseguíamos estar juntos. Contudo, juntos estavam os casais, isto é, Francisco dançava (desengonçadamente, diga-se de passagem) com Vanessa e o outro Francisco estava sentado numa mesa do bar com Mariana ao seu lado enquanto estavam no autêntico marmelanço, já João Palhinha que, infelizmente, era a nova aquisição do grupo estava encostado ao bar enquanto mexia no telemóvel, e eu divertia-me a dançar sozinha no meio da pista com um copo na mão.

Começo a resmungar veemente enquanto caminho para o bar, pois, durante os meus pensamentos alguém veio contra mim e com isso o meu copo teve um encontro aparatoso com o chão.

- É uma vodka laranja, por favor! - peço enquanto ocupo uma das cadeiras livres

- Com palhinha, por favor! - a voz do lisboeta soa atrás de mim fazendo-me revirar os olhos

- É incrível, tu não perdes uma oportunidade... - resmungo

- Pensei que soubesses que em Braga é com palhinha, Carolina - o médio bracarense brinca com o vídeo de apresentação no clube minhoto

- Não tens mais ninguém para ir chatear? - volto a resmungar

- Mas quem é que são os outros ao teu lado, Carolina Trincão?

As palavras do jogador têm um efeito inesperado, visto que, as minhas bochechas ganham um tom bastante rosado e agradeço mentalmente pela pouca luz do bar em que nos encontramos.

- Eu consigo ver que estás corada - João volta a picar

Apresso-me a pegar na bebida que tinha sido colocada à minha frente e viro costas para voltar para a pista mas qual não é o meu espanto quando umas mãos circundam a minha cintura enquanto o dono das mesmas cantarola a música de Mc Kekel e Kevinho.

- Está calado! - peço enquanto gargalho com a voz esganiçada do ex-jogador do clube de Alvalade o que só faz com que ele cante cada vez mais alto

- Bota fé no que eu vou dizer: Ô bebê, gosto mais de você do que de mim, do que de mim! - O número sessenta bracarense canta praticamente aos gritos enquanto nos embalava numa dança, ou numa tentativa de dança. Num misto de cantorias, risos e pick up lines rascas de João Palhinha passei a minha noite e madrugada.

Afinal, se calhar ele não era assim tão mau.

Entre Nós || João PalhinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora