Claridade. Ah, como eu odiava a claridade em dias como aquele. Dias em que você quer dormir até não querer mais, e infelizmente uma mãe que não te da privacidade alguma, entra em seu quarto e abre a porcaria da janela, deixando a luz e todos os sons que vem da rua, invadir seu quarto.
- Acorde, meu querido.
Foi quando ela abriu as cortinas de um jeito muito devastador. Quem ela pensa que é?
- Lou, meu amor. O dia está lindo, acorde.
Eu lembrei de Harry quando ela disse meu amor, e em como seria a reação de Mark ao ouvir isso, mas eu continuei com a cara enterrada no travesseiro. Quem sabe assim ela sairia e eu poderia voltar a lembrar do quão louco foi quando faltou energia no Public House.
Senti minha cama afundar, e a medida que minha mãe ia chegando mais perto, o seu perfume doce ia invadindo minhas narinas.
Ela começou a mexer no meu cabelo e me encher de beijos, uma vez que ela deu um pequeno beijo no meu pescoço e se levantou. E claro, eu gelei, lembrando novamente de Harry, quando tentou beijar meu pescoço, sem muito sucesso, já que eu puxei seu cabelo. Aliás, que cabelo maravilhoso.
- Vamos, você precisa tomar café.
Ouvi seus passos pelo piso e depois minha porta se fechando. Tudo bem, hora de levantar.
Eu enrolei bastante no meu quarto, até finalmente descer escadas e me juntar a Mark e minha mãe na enorme mesa, que estava repleta de comidas francesas. Esse com certeza era o único ponto positivo que a cozinheira fofoqueira tinha. Comecei pelos deliciosos croissants. Nem mesmo a melhor padaria de Las Vegas tinha um croissant tão bom quanto esse.
- E Harry? Ele está gostando? - olhei de relance para minha mãe e depois para Mark, aguardando sua resposta, logo voltando meu olhar para o prato, depois que Mark me olhou.
- Parece que sim, e o garoto tem muitos pacientes. Parece ser realmente bom. O único problema é o porque dele sair do seu antigo trabalho. Apenas não quero que isso se repita aqui.
Espere um pouco, porque eu quero me intrometer nessa conversa.
- E o que ele fez exatamente para ser demitido?
Mark olhou para minha mãe, e minha mãe olhou para ele, logo em seguida, olhando pra mim.
Eu iria ser ignorado. Já conhecia esses olhares muito bem.
- Onde você estava ontem, Lou? E como chegou? - ela hesitou, mordendo algo e voltou para mim. - Tentamos te ligar, mas você não atendia.
E ai, pela terceira vez no dia, eu me lembrei de Harry. Meu Deus, o dia nem começou ainda.
Ontem ele não deixou eu ir pra casa sozinho.
Flashback ON
Depois de sair praticamente correndo daquele bar, eu atravessei a rua, que estava completamente deserta e continuei caminhando.
Estava ventando tanto que por um triz que eu não volto para o bar, e me enroscar todo com Harry novamente.
Eu escutei o barulho de motor de moto, e depois a buzina. Eu não olhei, claro, poderia ser um psicopata, um serial killer motoqueiro ou então um velho nojento e tarado.
- Ei, apressadinho. Espere.
Foi automático. Eu juro. Eu não queria virar o rosto, mas quando percebi, eu estava encarando o homem parado na moto, e eu também estava parado.
O capacete era todo preto, e viseira estava abaixada, então eu não consegui ver quem era. Mas então, ele tirou o capacete de um jeito tão dramático, que parecia um filme.
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A Little Crush - hiatus -
RomanceHarry Styles, um psicólogo sedutor incorrigível, do tipo que perde a conta do número de pessoas que já transou, foi demitido de seu antigo escritório por seduzir uma de suas pacientes. Agora, ele tem um novo escritório, e melhor, um novo paciente, q...