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Depois de expulsar Harry do meu quarto, fiquei trancado ali por pelo menos 10 minutos. Talvez meia hora?

Estamos indo a caminho de seu carro, depois de ter escutado tantas vezes ele falar que eu estava lindo e de acariciar minhas costas enquanto descíamos as escadas.

- Me desculpe por esse... Carro. - Ele disse enquanto abria a porta do carro para que eu entrasse e a fechou logo em seguida, contornando o carro e entrando.

- Tudo bem. Melhor que uma moto. -Ele colocou a chave na ignição, enfim colocando o carro pra andar e me deu uma olhada rápida. - Sabe. Nada contra sua garota. Apenas não gosto muito de motos.

Ele deu uma risada rouca e me olhou novamente, logo virando numa esquina, o que me fez lembrar de algo. Então agarrei em seu braço, o fazendo frear um pouco e olhar mais uma vez para mim.

- Desculpe, mas... Tudo bem se eu escolher o restaurante?

- Ah. É. Sim. Tudo bem, Louis. - Ele juntou as sobrancelhas, sorrindo e logo voltando a acelerar o carro. - Então. Para onde vamos?

- Para o restaurante Alize. Fica na 4321 W Flamin...

- Sim, sim. Eu conheço perfeitamente.

Ele ficou rindo depois que soube do restaurante, como se eu tivesse dito a coisa mais fofa, engraçada e bizarra do mundo.

- Do que você esta rindo?

- Eu? Nada, é que... Você sabe, o restaurante Alize.

- Sim?

- É muito romântico.

Romântico. Sim, é muito romântico. Mas, Jesus. Harry realmente não sabe o que ele espera naquele restaurante.

Nós chegamos no Alize em cerca de 7 minutos, e o Harry deu as chaves do carro para um dos seguranças que ficavam na porta para que eles pudessem estacioná-lo.

Harry passou seus dedos pela minha mão, mas logo os afastou, limpando a garganta e se inclinando um pouco para cochichar no meu ouvido quando estávamos chegando perto do recepcionista que se encontrava todo sorridente atrás do balcão.

- Nós não reservamos, mas, tudo bem, deixe comigo.

- Não se preocupe, Harry. Eu falo.

Dei um sorriso para ele, que estava em sua postura normal agora e ajeitava o colarinho de sua camisa.

- Boa noite. Como posso ajudá-los?

- Boa noite. Nós temos uma reserva.

- Sim, claro. Qual o nome, por favor?

- Louis, nós...

- Shhh. - Tentei silenciar Harry que estava inquieto ao meu lado e me virei para o senhor que estava atrás do balcão, abrindo um caderno com capa de veludo e cor vermelha. - Mark Tomlinson.

O senhor sorriu e passou os olhos em duas páginas, até que parou em um deles e fez um sinal de certo ali.

- Mesa para quatro, às nove horas? - Ele olhou para mim enquanto eu assentia e depois fechou o caderno, tirando uma cordinha vermelha que ficava ao lado do balcão e que abria a passagem para o restaurante. - Certo. Me acompanhem, por favor.

Nós seguimos o senhor baixinho e bem vestido, passando por algumas mesas, até chegarmos na mesa. Harry me cutucou e ficou repetindo meu nome o tempo todo, e só se calou quando avistou uma das mesas que estavam próximas de todas aquelas janelas, que davam uma bela vista, pra falar a verdade.

Minha mãe e Mark conversavam animadamente, que quase não notaram quando o recepcionista puxou as cadeiras para que eu e Harry pudéssemos sentar. Ele disse apenas um 'aproveitem o jantar' e deixou nossa mesa, ficando um silêncio constrangedor entre todos nós.

A Little Crush - hiatus -Onde histórias criam vida. Descubra agora