A maioria dos jovens que procuram um psicólogo, é para dizer que esta sofrendo bulliyng. Eu, particularmente, odeio isso. Quando pequeno, eu costuma ser vítima disso. Isso até meu irmão mais velho começar a me dizer coisas, e especialmente minha querida irmãzinha. Isso até eu conhecer Zayn. Ele foi meu primeiro amigo no colégio.
Segunda coisa, são crianças que não aceitam o divórcio dos pais. Eu acabei de ter uma sessão de uma hora, com a adorável Lily. A garotinha com cabelos longos e cacheados teve um ataque de pânico logo na primeira semana que esteve sem o pai em casa.
Depois tive que conversar com sua mãe, em particular. A mulher não sabia se chorava ou se tentava falar; o quanto ela estava tentando ser forte pela filha dela e por ela.
O pai visita a filha todo final de semana, e segundo a mãe, isso parece que piora muito mais as coisas. A garotinha chora tanto quando o pai vai embora, que quando se acalma, pede para ficar deitada com sua mãe pelo resto do dia.
Me lembrei de Niall.
Sua mãe faleceu quando ele tinha apenas 6 anos. Eu nem era nascido ainda. Mas Niall começou a sentir falta pelos seus 15 anos. Era algo chato, quando no dia das mães, em seu colégio, ele se sentir mal porque sua mãe não poderia estar presente, como todas as outras mães de seus coleguinhas.
- Calma, irmãozinho. Você sabe que eu não ligo de dividir a mamãe com você.
Eu sempre dizia isso, quando ele chorava no cantinho de seu quarto, e eu sempre me sentava ali com ele, abraçando ele e tentando deixá-lo melhor. Eu tinha apenas 5 anos, então não tinha muito o que dizer.
- Nina, ainda temos pacientes antes do almoço? - Disse, depois de discar o número e esperar que ela atendesse o telefone.
- Sim. Apenas um.
- Certo. Pode mandar entrar.
Desliguei e caminhei para o pequeno banheiro que tinha dentro da minha sala, e na mesma hora em que encostei a porta do banheiro, eu ouvi a porta do escritório fechar e trancar.
Rapidamente joguei um pouco de água no meu rosto, e logo o sequei. Eu estava morto de sono e de fome. Não via a hora de sair desse lugar.
Voltei para a sala, avistando o pequeno garoto, deitado no divã, de barriga para cima e com os olhos fechados. Os braços separados, um em cada lado de seu corpo, enquanto uma mão arranhava - de nervoso - o encosto do divã, e a outra descansava, espalmada ao seu lado.
- Ora, ora. Louis Tomlinson resolveu aparecer. - Eu me sentei na cadeira que ficava ao lado do divã - porém um pouco longe - e observei seu corpo tomar um leve susto, logo puxando as mangas de seu enorme suéter que estava usando, e ainda assim, permanecendo com os olhos fechados. Decidi provocá-lo um pouco. - O cara que sempre me deixa na merda.
- Harry. - Ele sussurrou, e logo eu vi uma lágrima rolar por sua bochecha. Eu me levantei na mesma hora, me sentando no divã e limpando sua bochecha, depois dei um beijo ali e tentei focar em seus olhos, por mais que estivessem fechados.
- Tudo bem, tudo bem. Quando você quiser.
- Eu estou me sentindo um lixo. - Dessa vez nenhuma lágrima rolou pelo seu rosto, mas ele virou de costas para mim, encolhendo seu corpo todo e enfiou sua cara em suas mãos. Passei minha mão pela suas costas, acariciando um pouco e tentei virá-lo.
Agora, seu rosto e seus olhos estavam inchados e levemente vermelhos. Notei que sua boca estava roxa, num tom realmente feio.
- Oh Louis. Eu estou aqui para isso mesmo. - Eu o puxei, o fazendo sentar ao meu lado. Ele dobrou suas pernas, as abraçando e grudou ao meu lado, enconstando sua cabeça no meu ombro, e eu imediatamente passei meus braços em torno dele, o abraçando tão forte, que pensei que assim poderia passar segurança para ele; tal como se eu soltasse ele, o garoto poderia cair e quebrar como uma porcelana. - Eu tenho todo tempo do mundo pra você.

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A Little Crush - hiatus -
RomanceHarry Styles, um psicólogo sedutor incorrigível, do tipo que perde a conta do número de pessoas que já transou, foi demitido de seu antigo escritório por seduzir uma de suas pacientes. Agora, ele tem um novo escritório, e melhor, um novo paciente, q...