Sexta feira.
Seus planos de ficar em casa, foram interrompidos quando a dona do comércio onde ele trabalhava pediu para que ele fizesse hora extra. Aquilo deixou o menor chateado. Sexta feira era o único dia de folga onde ele podia ficar em casa e descansar. Porém, Ellen, prometeu que iria recompensa ele depois. Ellen Harvelle, não era o tipo de chefe que ficava pegando em seu pé, ela era carrancuda as vezes e até mesmo parecia uma mulher brava, mas na realidade ela era um amor de pessoa, e o tratava como um filho. Castiel não teve uma mãe presente, a mesma havia o deixado com seu pai assim que ele completou 5 aninhos. No dia do seu aniversário, Naomi, saiu de casa para viver com outro homem. Cas lembrava claramente desse dia. Suas mãozinhas gordinhas e infantis, agarrou as pernas da mulher, enquanto gritava e chorava para ela não ir embora. Seus olhinhos azuis estavam um verdadeiro mar de água.
— M-ma-mãe! Não deixe o tiel, o tiel precisa de você.— O menor soluçava e ja perdia a voz. Mas tinha esperança. O que séria sem ela? Mesmo que ela sempre o tratava mal e o olhava com decepção, ele não entendia. Para ele, ela o amava e só o tratava assim por causa das suas travessuras e bagunças.
— Me solte garoto, você merece ficar com o lixo do seu pai. Não quero você comigo. Você é a minha vergonha, Castiel. — Empurrou o garotinho. Cas caiu no chão chorando ainda mais.
Chuck rapidamente pegou o garotinho irritado.
— Saía agora! Acho que o único lixo aqui é você. ELE É UMA CRIANÇA! Como você ousa? Ele não tem culpa se você não queria filhos. Ele não estragou a sua vida. Você que fez isso com si mesma. Ele é um anjo. Sinto pena que não veja isso. Agora saía! E nunca mais toque no meu filho.
Os soluços do menor estavam abafados, agora ele escondia o rostinho na curvatura do pescoço do seu pai, enquanto olhava sua mãe pela última vez. A porta foi fechada com força, e naquele momento, Castiel sentiu seu coração sendo despedaçado. Ele havia feito algo de errado? Porque sua mãe havia o deixado? Ela não o amava? Ele deveria ter feito menos bagunça, talvez nunca ter sido tagarela ou quando ela mandasse ele calar a boca, deveria ter se calado. Era mesmo um menino mau. Não era bom como seus amiguinhos, aliás, as mamãe deles sempre davam beijinhos antes deles entrar na escolinha. Diferente dele, sua mãe sempre o deixava na porta da escola e praticamente o empurrava para fora do carro.
Estava tão perdido em pensamentos que não viu quando uma das mesas do canto havia sido ocupada. Ficou surpreso quando notou que era o garoto estranho da escola. Era uma oportunidade de ir falar com ele.
— Ele é tão fofo ne? — Meg apareceu do nada ao seu lado.
— Ah! Conhece ele? — Encarou ela intrigado. Merda, ele era o único que não havia o visto?
— Ele vem sempre aqui, desde que a sua mãe morreu. Ela trabalhava aqui. Vai lá, sei que está doido para falar com ele, Clarence.— Meg sorriu travessa empurrando o Novak.
Ok, era a sua chance de saber sobre ele. Com uma chaleira de café e uma caneca, se aproximou da mesa onde ele estava. Sentia uma sensação estranha, suas pernas vacilaram como se pudesse cair a qualquer momento, o ar parecia faltar, enquanto sua garganta ficava seca. Desde quando havia ficado tão quente? Poderia jurar que estava suando.
— O que vai querer?
O estranho cujo o conhecia por Baby, tirou apenas um lado do fone de ouvido e finalmente encarou Castiel.
— Seu nome.
Castiel riu sem jeito erguendo uma sobrancelha.
— Ah, isso é de graça.— Pegou um gravador que estava sobre a mesa levando até os lábios.— Meu nome é Castiel.
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Em Ritmo de Fuga || Destiel
RomanceO jovem Baby (Dean Winchester ) tem uma mania curiosa: precisa ouvir músicas o tempo todo para silenciar o zumbido que perturba seus ouvidos desde um acidente na infância. Excelente motorista, ele é o piloto de fuga oficial dos assaltos de Dick, mas...