Verônica Logde respirou fundo e resvalou-se contra os travesseiros encostados na cabeceira da cama.
-Sou toda ouvidos Srta. Cooper. Me diz gata, o que é tão urgente e por que está tão aflita? -Ela analisou a amiga por uns segundos. -Na verdade você está entrando na fase desespero.
Elizabeth Cooper, ou simplesmente Betty Cooper, como preferia ser chamada, virou-se de imediato para a amiga.
-E que... Eu estou perdida Verônica!
Verônica a olhou procurando sentindo no que a amiga estava dizendo. Sem sucesso.
-Minha mãe. Tipo, ela vem passar uns dias aqui. -Ela apontou o dedo à sua volta.
-E isso é ruim por que... Ontem mesmo estava toda jururu, toda chorosa de saudades dela.
Betty juntou as mãos abaixo do queixo, seus imensos olhos azuis brilharam.
-Oh Deus! Estou com muita saudade dela. Vai fazer sete meses que não a vejo, mas...
-Mas... -Repetiu Verônica.
-Mas eu tenho mentido deliberadamente para ela. -Betty sentou-se na beirada da cama e Verônica passou as pernas por cima de seu colo. - Lembra de quando eu te disse que tinha inventado um namorado para minha mãe?
Verônica apertou os olhos forçando-se lembrar de algo.
-Sim... Não inventou isso no feriado de quatro de julho?
-Foi. Você não conhece Alice Cooper, ela pode ser um tanto difícil. Ela concluiu que precisava deixar o emprego dela no jornal para se mudar para cá. Apenas porque deduziu que estava muito sozinha aqui... Na verdade até estava. Não te conhecia, meu tempo é curto, e não sou muito boa com as pessoas. -Verônica e Betty apesar de desde o início do ano trabalhem juntas em uma editora, só foram ficar mais próximas nos últimos três meses, depois que Verônica se mudou para o apartamento da frente. Betty era uma jornalista recém-formada, tinha uma coluna no jornal da cidade. Verônica era editora de uma revista feminina. Ambas trabalhavam no mesmo prédio, o jornal e a revista faziam parte do grupo Lodge. A empresa era da família de Verônica, assim como boa parte da cidade. -Você me conhece e sabe que sou de poucos amigos. Mas não podia deixar mamãe abrir mão do que ela mais gosta por mim. Ela tinha um emprego legal, não que ela amasse, mas ele a mantinha bem distraída, desde que se separou do papai... Daí ela ficou toda empolgada por mim está supostamente feliz com alguém e eu estúpida que sou, continuei sustentando a mentira até então.
-Meu Deus Betty, isso soa tão antiquado. Até para você.
Betty ignorou o comentário da amiga, às vezes se perguntava como uma amizade tão improvável como aquela funcionava tão bem, e continuou:
-Agora ela recebeu uma proposta para trabalhar no jornal do Colégio Riverdale, supervisão, eu acho. É o que a mamãe adora, ela me ajudou muito na época do jornal da escola. Mas o fato é, ela finalmente esta vindo de vez para cá, o que acho ótimo, exceto por essa mentira idiota.
Verônica arregalou os olhos.
-Minha nossa senhora dos filhos mentirosos! Sua mãe vai se mudar para cá?
-Sim, digo, não no meu apartamento. Ela só vai ficar aqui comigo até os reparos da casa que ela comprou ficarem prontos. Mamãe gosta de casa, espaço, e agora ela pensa que meu namorado se mudou para cá nesse último mês.
-Sério isso Betty? Parece-me drama de séries clichê... E como se chama seu namorado hipotético? -Perguntou verônica curiosa.
Betty franziu a testa.
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Made for you (Feita para você)
FanfictionNessa adaptação de "Feita para você", a encantadora Elizabeth Cooper precisava de um namorado para apresentar a família e o excêntrico Jughead Jones era a única opção.