Capítulo 7

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Capitulo 7

-Nunca imaginei que algo preparado com suco de laranja e molho se soja pudesse ter um sabor tão bom. –Disse Betty, recostando-se na espreguiçadeira com um suspiro. O salmão com mel de gengibre grelhado da mãe fora devorado em tempo recorde, e ela não tinha vontade de se mover.

-Te passo a receita depois.

-Vou estragar de qualquer maneira.

A mãe riu.

-Tudo que precisa fazer é misturar os ingredientes, despejá-los em um saco com o salmão e, meia hora mais tarde, dar a Jughead para ele colocar na grelha. Ele assou o salmão com perfeição essa noite.

Claro que sim. Como ele dissera mais cedo, ela não precisava se preocupar, porque o cromossomo Y vinha com habilidade inata para dominar uma churrasqueira.

-A salada também estava boa. –Disse Jughead.

-Obrigada. –Murmurou Betty. –Nem mesmo eu consigo estragar uma salada de alface.

Jughead parecia bem o bastante para alguém que, sem dúvida, discutira com o pai e agora descansava com duas mulheres que mal conhecia. Ela por sua vez, sentia-se como se estivesse passando por uma sessão de desintoxicação. Nervosa. Tensa. O suor lhe escorria pelas costas.

Jughead levantou-se e começou a recolher os pratos, mas estendeu a mão quando Betty começou a se erguer.

-Fiquem sentadas conversando. Vou cuidar da limpeza... Mas não se acostume em querida.

Quando ele entrou, Alice ergueu as sobrancelhas.

-Ele lava os pratos também? Não é de admirar que o relacionamento de vocês evoluísse tanto em pouco tempo...

Betty sentiu-se tentada a apontar algumas de suas características menos atraentes, como o fato de ser um sexista que não a deixava dirigir. Mas ele estava fazendo um bom trabalho em convencer Alice de que era um príncipe encantado de sua filha, o que era mais importante. Então, ela engoliu o aborrecimento com o comportamento do santo Jughead.

-Ele é um fofo.

-Algo a está incomodando. Diga-me o que é e vai se sentir melhor.

Betty realmente duvidava disso e resolveu fazer um esforço consciente para relaxar o rosto.

-Não é nada. Coisas de trabalho.

-Para ser franca, Betty, não ficarei aborrecida se tiverem que trabalhar amanhã. Sei que ter uma coluna em um jornal é complicado e mantém a gente bem ocupada. E me enche de orgulho o fato de você ser tão dedicada, filha. Você é boa. E não estou falando isso como mãe. Estou falando como jornalista com o dobro de sua experiência.

-Estou indo bem, tentando ser tão boa quanto você. –Betty deu à mãe um sorriso genuíno. –Pra mim, você sempre vai ser a inspiração.

-Você é tão boa ou até melhor do que eu querida... Ainda vamos ter nosso jornal. – A mãe tomou um gole de suco de laranja e, em seguida colocou o copo sobre a mesa pequena da sacada do apartamento. –Mas eu quero saber mais sobre Jughead.

-Hum... O que, por exemplo? –Ela sabia que ele não gostava de brócolis ou ervilhas.

-Oh, não sei. Ele gosta de trabalhar com você? Fazem planos para o futuro? Se sim, como tem a mesma carga horária de trabalho, quem cuidará da casa e dos futuros filhos?

Betty tinha certeza de que a esposa ideal para Jughead seria uma mulher grávida e descalça na cozinha, com um bebê no colo, mas evitou dizer.

-Não faço idéia mamãe, é muito cedo para pensar tão longe... Estamos tentando focar no presente, nossa fase está tão boa, não precisamos apressar mais as coisas...

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