O mar em que vivo

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Sentado em um canto qualquer
Vejo injustiça me consumir
Olhos avermelhados
O peso preso aqui dentro
E se fosse fácil pra todos?
Se aliviasse um pouco?
Talvez não precisaria estar assim
Iria voar
Jamais afundaria
Há pedras me levando para o fundo
Poderia sair
Nunca foi fácil
Me negaram um salva vidas
Eu dei um navio
De baixo as criaturas são horríveis
Agora é o que tenho
Me negaram oxigênio
Me sufocaram
Eu sempre fui brisa
Calmaria
Alegria
Todos foram tóxicos
Um peso
Montros
Sempre me olharam nadando
Nunca me perguntaram se soube
Jamais notaram o mar em que vivo.

Luzes de LhanezaOnde histórias criam vida. Descubra agora