Capítulo 26- A dor da saudade.

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Oiii... se veio até aqui é porque torce pelo amor de Amanda e Enzo! 

Eu também torço muito por eles!

Leiam e me digam o que acharam do capítulo. 

Não esqueçam de votar.

Boa leitura, meus amores!

Boa leitura, meus amores!

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ENZO

Deixar para trás o Brasil, juntamente com a minha família e a mulher que amo foi a decisão mais difícil da minha vida. Contudo, eu não iria conseguir conviver, harmoniosamente, com eles com todos os sentimentos adversos que nutria naquele momento. Esses sentimentos eram como ervas daninhas que, sutilmente, destruíram as coisas boas que existiam dentro de mim. Elas se espalharam, astuciosamente, e conseguiram aniquilar o que eu tinha de melhor como pessoa.

Eu não conseguia me encontrar. Eu não sabia mais quem eu era. Eu estava perdido no meu próprio eu.

Foi em busca do verdadeiro Enzo que decidi vir para longe. Ficar, só me destruiria ainda mais e daria mais forças para os sentimentos perniciosos acabarem de vez com o que restou de bom em mim. Ficar, só magoaria ainda mais as pessoas que amo, visto que não estava sabendo controlar meu comportamento hostil, agressivo.

Seis meses se passaram depois que deixei o Brasil. Vim para casa dos meus avós na França, pais do meu pai Juan, já com o propósito de eles sempre darem notícias a minha família de como eu estava, pois sabia que todos ficaram arrasados com a minha partida repentina, principalmente a minha mãe Isabela e saber como eu estava acalmaria seus corações.

Entretanto, disse aos meus avós que não queria ter notícias deles e eles respeitaram a minha decisão, pois caso contrário procuraria outro lugar para ficar. As notícias podiam ir, mas nunca podiam voltar.

Me isolei do mundo, nada de redes sociais: facebook, instagran, whatsapp, twitter, nada de internet.

Nada.

No começo arrumei um emprego numa cafeteria, foi onde conheci a Nicole, também brasileira, que veio arriscar uma nova vida aqui na França. Ela era a gerente do estabelecimento e foi graças a ela que, hoje, sou professor de língua portuguesa em uma escola da cidade. Ela vive há mais de dez anos aqui e conhecia um dos donos da instituição. Ela nos apresentou, no dia em que ele visitou a cafeteria, conversarmos por algumas horas e no outro dia já estava contratado.

Nicole dizia que eu não tinha perfil para trabalhar atrás de um balcão, que eu tinha capacidade de ir mais além e por acreditar nisso, foi que me ajudou a trilhar em um novo caminho.

Não foi nada fácil ter que lidar com um país que não é o seu. Tudo aqui é diferente. As pessoas tem hábitos que para nós, brasileiros, são considerados estranhos. Escovar e tomar banho apenas uma vez ao dia, não usar desodorante, nem bater palmas em aniversários, os homens se cumprimentarem com dois beijos no rosto, são alguns deles. Nicole teve que me ensinar muitas coisas sobre a cultura daqui.

MARCAS DO PASSADO(Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora