Capítulo 31-Meus filhos!

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Sentei, pensei, relembrei, chorei. Me arrependi. E depois percebi que não podia sofrer pelos erros do passado.

Boa Leitura!

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ENZO

— Por que me deixou acreditar que não tinha mais o seu amor? — ela questiona com a voz triste. Baixo a cabeça e ela se afasta um pouco de mim. — Você não imagina como suas palavras me fizeram sofrer, muito mais do que a decisão de ter ido embora. Eu fiquei todo esse tempo achando que não me amava mais, por isso que tinha me tirado de vez da sua vida. — ela se afasta um pouco mais e começa a chorar novamente.

— Me perdoe, Amanda! — falo quase em desespero, por vê-la se distanciar.

— Enzo... as coisas não são tão fáceis assim de se resolverem. Você que decidiu jogar fora o nosso amor, quando se manteve distante por todo esse tempo. Agora decidiu voltar, confessa que nunca deixou de me amar e deseja o meu perdão? Acha mesmo que é tão simples assim?!! Não! Não é! Eu tenho sentimentos e um coração batendo aqui dentro — ela bate no peito — Ele foi ferido demais, maltratado por um homem que decidiu a distância, ao ter que enfrentar o passado de frente.

— Por favor... — me ajoelho e choro diante dela.

— Desculpa, Enzo, mas a ferida ainda sangra aqui dentro. — ela coloca a mão no coração novamente — Quem sabe um dia possamos sentar e conversar sobre tudo isso que nos magoou. Agora não será possível — Amanda vem até mim, coloca o colar em minha mãos, dá as costas e caminha de volta em direção a casa da chácara.

— AMANDAAA! AMANDAAAA! — grito alto com toda a dor que invade o meu peito — EU TE AMOOOOO! ME PERDOA, MEU AMOR! Me perdoaa! — choro com as mãos no rosto.

Eu tentei lutar contra os sentimentos perniciosos que me dominaram, quando o passado foi jogado na minha cara, diante de toda a faculdade, mas foi inútil.

Eu fui vencido por eles.

Eu era o líder da minha turma. O aluno destaque que, durante todo curso, demonstrei estar ali por amor, por vocação. Todos sabiam que eu prezava pela justiça e que abominava crimes iguais aos praticados pela minha mãe. Sempre deixei isso bem claro nos debates e seminários que tivemos em sala, nos eventos e júris organizados por mim.

Portanto, ao descobri que a minha história era o inverso de tudo que sempre defendi e que fui enganado, me deixei ser tomado pelo ódio, pela revolta. Eu não estava querendo aceitar que a minha mãe cometeu esses crimes, que a minha família tinha omitido de mim toda a verdade. Meu cérebro não soube lidar com tudo isso. Na hora eu não soube o que fazer, nem que caminho seguir.

A dor arrancou a minha sensatez, os sentimentos bons que existiam dentro de mim, tornando-me um homem rude, seco e sem vida. Ela foi cruel, impiedosa e me mandou fugir.

MARCAS DO PASSADO(Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora