Capítulo 12-Uma atitude covarde.

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Boa Leitura!

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Enzo

Assim que vejo Augusto parado em frente ao carro, coibindo a nossa saída, decido ir até ele, saber se vai nos deixar sair por livre e espontânea vontade, ou vou precisar usar a força para mostrar a ele que o mundo não gira apenas em torno dele.

Cresci e me tornei um homem, não tenho paciência para adulto mimado.

— Enzo não!! — Amanda segura meu braço, impedindo-me de sair, ao me ver puxar a maçaneta da porta — É isso que ele quer, que o enfrente, porque sabe que está em desvantagem.

— Eu não tenho medo dele, nem dos seus amigos puxa-sacos — digo enraivecido, doido para quebrar a cara do "filhinho mimado da mamãe", que não soube aceitar um não como resposta.

Augusto e seus amigos nos observam com os braços cruzados e sorriem cinicamente.

— Não é questão de ter medo, mas você é apenas um, e eles são oito, nove, dez... não sei — diz assustada, olhando em redor, sem saber ao certo quantos são — Vou conversar com ele. Por favor, fica aqui!! — pede de forma enfática, já abrindo a porta do carro.

— Não vou deixar você conversar com esse psicopata sozinha. Vou com você. — digo decidido, segurando em seu braço a impedindo de sair.

— Por Deus, Enzo! — ela exclama nervosa — Isso não é um jogo de vídeo Game, onde se tem várias vidas e podemos reiniciar quando se é game over. Estamos falando de um homem contra vários. — sua voz sai hesitante, ao mesmo tempo em que suas íris se movem em minha frente inquietas.

Nos olhamos nos olhos por alguns segundos e percebo em seu olhar angustia e medo. Vê-la assim deixa meu peito minúsculo, apertado. Decido então fazer o que me pediu, porque por mais que a minha vontade seja de quebrar a cara desse desgraçado, seria insano enfrentá-lo sozinho com seus amigos.

— Tudo bem... Vou ficar aqui, mas se ele ousar em tocar em um fio de cabelo seu, nada irá me segurar dentro desse carro.

Amanda assente, abre a porta, sai do carro e caminha lentamente até parar em frente a Augusto. Ele a encara com o olhar furioso por um momento, em seguida começa a falar gesticulando com as mãos. Seu dedo aponta, algumas vezes, em direção ao carro onde estou e deduzo que fala algo relacionado a mim.

Amanda permance imóvel, olhando assustada para ele. Não consigo ouvir direito o que conversam, porém a qualquer vacilo de
Augusto, irei ensiná-lo, com minhas próprias mãos, a ser um homem de verdade.

Meus olhos não se movem, nem piscam, observando atentamente cada movimento deles. Ele para de falar, e caminha de um lado para outro, passando as mãos entre os cabelos, visivelmente nervoso.

Com o olhar ávido e a feição tensa, ela acompanha os movimentos em círculos que Augusto faz à sua frente, enquanto fala algo com ele.

Não sei o que ela diz que o irrita, porque, de repente, vejo-o ir para cima dela, bufando feito um touro bravo. Ele a encosta em um carro, ao lado do nosso, e usa o seu corpo para prendê-la.

MARCAS DO PASSADO(Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora