Azuis como a sorte

Verso 6

Se for minha namorada

"Seja paciente, akuma. Ela está na companhia do Adrien, se ela for akumatizada, pode levar tudo no sentimentalismo" bateu o bastão no chão, assustando as borboletas que voaram em diversas direções. "Esses tipos de sentimentos não desaparecem assim: de uma hora para outra. Sejamos pacientes."

Marinette já tinha parado de prestar atenção no filme a muito tempo. Depois dos cinco minutos ela já nao sabia dizer oque estava acontecendo ali e porquê.

Adrien tinha comprado uma pipoca e um refrigerante para ela, já que ele não podia comer essas coisas. A azulada tinha tomado todo o refrigerante e tinha total atenção nas pipocas. Nunca tinha notado a diferença entre elas e nem em como a manteiga cobre só um terço de toda a porção.

Ela tentava, a todo custo, não pensar demais sobre tudo. No fundo, numa caixa perdida no seu coração, ela sabia que toda aquela intensidade de sentimentos poderia levar à uma akumatização e não era humanamente possível ela lutar contra ela mesma.

Hawk Moth esperava, ansioso, o término do encontro. Marinette poderia ser a sua obra-prima. Via potencial nela.

Os sentimentos da garota eram uma coisa que ele nunca tinha visto antes. Se a conhecesse, diria que ela era a escolhida; para ser a portadora do miraculous da criação.

Os créditos rolaram na tela do cinema, indicando o fim do filme.  Adrien se virou para Marinette, ele tinha um olhar animado para ela. Tudo oque ela pensava era: "por favor, não me pergunte nada sobre o filme."

"Esse filme foi muito bom" começou animado e Marinette quis que um buraco a engolisse. "Não curto muito esse tipo de filme, mas superou totalmente as minhas expectativas." Não pergunte a minha opinião, não pergunte a minha opinião. "O que você achou dele?"

Droga. Eu realmente não sei fazer mágica.

Marinette sorriu amarelo e tentou lembrar dos cinco minutos que assistiu. O problema era que em cinco minutos de filme, a única coisa que se passa são os patrocinadores, atores e etc. Nada de filme

Droga de evolução.

"Sim, sim. Muito bom. Acho que é meu novo filme preferido. E aquele final?" Assobiou. O loiro juntou as sombrancelhas confuso. Ah, não. Final triste? Você não faria isso, não é, universo?

"Você gostou dela ter morrido?"

Eu te odeio universo. Você vai se ver comigo!

"Não, não, não. Eu... estou triste? É. Bem triste, quer pipoca?" Ofereceu, estendendo o balde de pipoca cheio para o loiro.

O modelo afastou o balde gentilmente e olhou no fundo dos olhos da azulada.

"Você assistiu o filme, Marinette?"

Mas que droga.

"Sim, claro que sim. Ela morreu no final, não é?" Isso, Marinette. Ferra mais com a sua pele. Pode até dar um resumo do filme para ele, aproveita e faz impresso, encaderna.

"Quem morreu mesmo? Minha memória é meio falha."

"Puff, quem morreu?" Peguntou para si mesma. Era uma mulher, qual nome poderia ter 'ela'? "Bel... Laí... Isa... Aman... Nicole? Tá. Talvez eu não tenha assistido o filme. Me desculpe por isso. Eu também não comi a pipoca e me desculpe por isso também, pipoca no cinema é mais caro que um celular. Eu não devia ter aceito vir, Adrien. Eu gosto de você, você é meu amigo, mas me sinto mal vindo aqui com você. Minha mãe deve estar me esperando, obrigado por tudo" beijou a bochecha do loiro e praticamente correu para fora do cinema, segurando o balde de pipoca igual uma maluca.