Nota Inicial*
Olá meus queridos leitores.
Já peço que perdoem os erros, as vezes é inevitável.
Para esse ano de 2019, pretendo vim com vários projetos, estou com muitas ideias em mente.
Cada capítulo de We can't stop virá com uma música, que fará parte da trilha sonora da fanfic. Em breve terei meu notebook concertado e voltarei ao mundo dos trailers.
Boa leitura ^^----------------------------//----------------------------
1 ano depois...
“ Um lugar tão lindo, com uma brisa leve e ar fresco, o verde da grama se sobressaia naquela paisagem e o parquinho se mantém a todo vapor. Famílias estendiam seus tecidos com estampa xadrez sobre o chão, para colocarem sua cesta com suprimentos para um piquenique a tarde, me sinto estranhamente feliz e observo que uma das famílias que haviam ali, era a minha, e o local não era desconhecido por mim. Meu pai estava com minha mãe e juntamente com os meus tios, todos estavam felizes e com bons aspectos, era algo que eu não via há muito tempo. Sinto alguém segurar minha mão, olho para o lado e vejo Taemin, o meu querido primo. Me surpreendo por ele está como uma criança, assim como eu provavelmente estava, e também fico abismada por estar visitando essa memória, pois até a minha mãe estava ali. Então, eu me recordo desse jardim e de como eu amava passar minhas tardes de domingo brincando ali com Taemin, quando éramos apenas crianças que só pensavam em se divertir, e de como meus pais gostavam de fazer piqueniques em família. Seguimos em direção aos nossos pais, eu fico contente por ver minha mãe nessa lembrança, a falta que ela fazia era grande, esse momento é precioso e nostálgico. A minha mãe se aproxima e beija meu rosto, logo em seguida me dá uma maçã e me abraça apertado. Eu não consigo conter minhas lágrimas, de repente Taemin pula em mim me abraçando, a gente cai sobre o tecido e todos os mais velhos ali sorriam com a cena. O meu primo levanta e me puxa para o parquinho, passamos a brincar ali no escorrega, logo depois no balanço e com certeza eu estava me divertindo como naquela época. Era muito bom estar ali, o lugar que sentia muita falta e que eu sempre fui feliz. Agora eu sabia que estava partindo, pois ali era a minha passagem para o local que estaria com as pessoas que amo, que me fizeram muita falta. De repente, escuto meu pai gritar meu nome desesperadamente, ele se aproxima de mim e me balança com pressa segurando meus ombros.
— SEULGI! SEULGI! SEULGI! – Ele dizia preocupado e eu apenas não entendia.
Então, eu viro o rosto e vejo Taemin correndo para perto de minha mãe, ela estava sentada sobre o tecido xadrez. Eles me olhavam com uma certa tristeza, eu passo a chorar vendo o meu pai gritar e levo minhas mãos até a minha cabeça. Eu sinto que ela vai explodir, eu vou morrer e eu quero morrer, por favor eu preciso disso, até que escuto um forte barulho...”
Abro os olhos com dificuldades, escuto um bipe estranho e meu corpo estava doendo muito. Uma dor de cabeça vem fortemente, olho para os lados e não encontro ninguém até que de repente, uma pessoa entra no quarto com trajes de enfermeira e uma bandeja em mãos. Agora minha ficha estava caindo, o meu plano mais uma vez foi por água abaixo e estou novamente no hospital. A senhora regula o soro, logo em seguida checa os aparelhos que mediam os meus batimentos cardíacos e retira a bolsa de sangue vazia, a colocando em uma bandeja. Ela percebe que eu acordei, mas continua sua checagem normalmente, ela pega em meus pulsos enfaixados e em seguida troca os meus curativos, eu não tinha vontade de falar e muito menos de tentar fazer alguma força para sair dali. O meu plano novamente falhou, agora além de uma infeliz problemática e depressiva, eu sou uma incompetente, que não serve nem para tirar a própria vida com êxito. Ela termina todo o procedimento e sai da sala, sem ao menos me dizer algo ou tentar saber como estou, provavelmente ela sabe que sou uma suicida e que puxar assunto comigo não vai adiantar, melhor assim. Sinto uma sonolência e o cansaço volta novamente, eu espero sonhar de novo e quem sabe não acordar mais. Porém, eu sei que não conseguir e o que me espera pela frente será difícil.
[...]
Meu pai coloca as minhas coisas dentro do porta malas do carro, ele mantinha uma carranca séria e mal me olhava direito. Eu não podia culpá-lo sobre essas suas atitudes, pois eu não era nenhuma vítima dessa vez. Me mantive sentada nas escadas do alpendre em frente a varanda, ali era um dos meus locais favoritos na época de infância, o meu pai segue para dentro de casa e nem olha na minha cara novamente, acredito que não vai me perdoar tão cedo. Enquanto olho para o asfalto em frente a minha casa, acabo avistando Chungha se aproximando. Eu fico realmente surpresa, pois depois do incidente, ela não voltou a falar comigo e eu até achei melhor ela ter feito isso ou poderia ser mais um gatilho, caso algo acontecesse com ela, eu não iria me perdoar mesmo. Está perto de mim é sinal de perigo, isso é confirmado e eu não quero ser responsabilizada por mais uma morte. Ela fica quase na minha frente, sua cabeça se mantinha baixa e eu sentia que estava muito nervosa, normal até, quem iria se sentir bem perto de uma assassina não é mesmo. Por fim, ela levanta a cabeça e com coragem fita os meus olhos.
— Olá Seulgi-ah, quanto tempo não é mesmo? – Ela diz um pouco tímida. Eu fico um pouco estática, pois ela foi a garota que tanto amei e vê-la tão linda na minha frente, ainda tinha um efeito sobre mim.
— Oi Chungha, realmente quanto tempo – Digo um pouco hesitante — Como você está? – Talvez uma pergunta clichê como essa possa de alguma forma quebrar o clima tenso que se instalou entre nós duas.
— Eu estou bem, Seulgi – Ela diz com um sorriso fino em seus lábios, parecia tão gentil — E pelo visto você está melhor não é mesmo – Finalmente Chungha deu sua cartada de mestre ao olhar para os meus pulsos sem faixas, porém com umas pulseiras por cima, para disfarçar pelo menos um pouco a minha estupidez.
— Sim, eu acho que estou melhor – Digo olhando para o lado, não querendo fita-la nesse momento.
— Eu te visitei no hospital, Seulgi – Chungha cruza os braços e sinto seu olhar intenso sobre mim — Dessa vez foi um milagre e sabe, eu desisti de saber os motivos que te levaram a fazer isso, porém eu espero tempos melhores para todos.
— Entendo – Apenas essa palavra para o que ela mencionou, pois não queria entrar no assunto.
— Eu vim aqui para te desejar boa sorte, Seulgi – Ela por fim segura minha mão e nossos olhares se cruzam, as lágrimas de Chungha passam a ser visíveis – Apenas desejo que você encontre paz para o seu coração, me perdoe por qualquer coisa e... Eu amo você, sua lerda.
— Eu agradeço pelo seu apoio – Digo comovida e segurando as lágrimas, não queria demonstrar fraqueza.
— Vamos, Seulgi – Meu pai aparece do meu lado — Bom ver você, Chungha – Ele diz com cortesia e logo se afasta para entrar no automóvel.
— Eu amo você, Chungha – Eu digo e abraço ela fortemente, eu sentia o afeto da minha melhor amiga comigo — Prometa se cuidar e tome cuidado com os arbustos – Eu acabo rindo ao lembrar de um momento que eu e ela compartilhamos na infância.
— Pode deixar capitão Kang! – Ela diz ao bater uma continência para mim — Volte bem Seulgi.
Dou um último abraço e me afasto de Chungha com apenas um sorriso. Ficar bem, era uma das coisas que eu não podia prometer para ela, pois não sei o que me reserva o futuro. Entro no carro, dou um tchau pelo vidro da janela para Chungha enquanto saio, até que entramos na estrada e a perco de vista. Agora estou indo em rumo ao infeliz lugar em que fui destinada, não tinha mais jeito para mim e não adiantaria eu tentar não ir. O meu pai mantém seu olhar firme na estrada, eu não iria puxar assunto com ele, a culpa não deixava fazer isso. Eu não tinha escolha e meus atos deviam ser ao menos respeitados por ele, a decisão é minha. Na nossa última conversa foi deixado claro que iria para uma clínica e reformatório, a instituição Neville Academy. Claro que fui relutante a essa decisão estúpida, discussões e discussões foram que houve entre a gente, principalmente depois do que eu fiz. Eu não quero viver, não tinha vontade de levantar da maldita cama, para seguir o meu destino e me tornar uma garota comum sul coreana. Será que é tão difícil deixar logo eu morrer? Seria mil vezes melhor, do que eu continuar viva e sendo a causadora de tantas mortes. De acordo com o meu pai, eu apenas estava sendo uma egoísta, que não entendia a realidade e que a culpa das mortes não era minha, mas eu sabia que sim. Eu olho a estrada apenas em borrões pelo vidro do carro, meus pensamentos se perdiam em como iria concretizar meus planos e como eu poderia fazer para lidar com tudo, não conseguia parar de pensar.
— Dessa vez eu quero te dizer algo e por favor, eu não quero uma resposta sua e sim que reflita – Ele diz focado na pista até a instituição de loucos da cidade — Der uma chance a si mesma e você verá que não vai ser em vão – O carro dobra em uma esquina e vejo que já estávamos completamente no meu destino — Eu amo você minha filha.
Ele abre a porta do carro e em seguida o bagageiro, a minha minúscula mala era retirada do carro, já que não podia levar muitas coisas para a maldita clínica de birutas, alguns homens vestidos de bege levam os meus pertences para dentro e meu pai fica rente a mim.
— Se cuide e não se esqueça do que eu disse – Uma de suas mãos param em minha franja, a bagunçando. Meu pai começa a chorar, me abraça forte e beija a minha testa. Fazia um tempo que ele não chorava e a última vez foi no incidente — Seulgi, eu espero que você volte bem para casa – Ele me abraça de novo e volta para o seu carro.
A angústia começa a ficar mais forte em meu peito, a partir do momento que vejo ele entrando no carro e partindo. Olho para o prédio do colégio, não acreditando que parei realmente naquele lugar, sendo que uma das coisas que tenho certeza é que não sou louca. Antes de entrar pelos portões de Neville Academy, abro o folheto sobre o local, pois não queria passar vergonha no primeiro dia. Pelo que o pedaço de papel dizia, o local mostraria novos horizontes aos jovens perdidos e principalmente uma solução para os conflitos internos, porém eu sabia que tudo isso não é verdade e se for, os conflitos e dificuldades que carrego são muito mais intensos do que eles imaginam. Entro pelos portões acompanhada de dois homens, os mesmos que levaram minha mala e sigo em rumo a recepção do local. Enquanto adentrava, observo a estrutura do lugar, com trilhas de pedra até a porta principal e o verde dominava o ambiente, com árvores enormes e uma fonte ao centro com uma escultura de anjo jorrando água pelo vaso que carregava no colo, seria até algo bem bonito se eu gostasse de arquiteturas como essa. O folheto dizia que o local fornecia aulas comuns, como também aulas de dança, artes, música e consultas periódicas com um psiquiatra. Chego por fim na recepção, a parte interna do reformatório não era tão ruim, as paredes com uma cor azul pastel e um porcelanato impecável, deixava o local com um ambiente agradável. Uma moça bem bonita vestida como enfermeira, se aproxima de mim com um sorriso no rosto e provavelmente irá me dar as boas-vindas.
— Olá querida, seja bem-vinda a Neville Academy – Ela fica parada em minha frente e os outros dois se afastam indo em rumo a outro lugar — Me chamo Yoon Bora e sou uma das enfermeiras dessa instituição. Antes de apresentar a você o lugar, uma inspeção será feita.
— Como assim inspeção? – Digo preocupada com essa informação.
— Vamos checar se você possui algum objeto perigoso – A senhora diz enquanto caminhávamos até uma sala reservada, que possuía uma caixa sobre a mesa.
Ela passa um detector de mentais pelas laterais do meu corpo, depois checa os bolsos do meu moletom e da minha calça, então ela pega em meu braço e tenta puxar a pulseira que Taemin havia me dado quando tínhamos 14 anos.
— Essa pulseira não! – O tom de seriedade é nítido em minha voz, porém ela continua a retirando.
— Quando você obter alta poderá ter de volta sua pulseira – A enfermeira coloca minha pulseira na caixa — Não se preocupe minha jovem, sei que sua pulseira é importante e fique tranquila que ela será devolvida a você.
Saímos da sala e começamos a andar pelos corredores do local, ela está me apresentando o reformatório, em cada sala que víamos, uma explicação era dada e com os horários em que poderia frequentar. Paramos em frente a uma porta de mogno, a placa dizia consultório 01 e o nome do Dr. Kim Heechul.
— Bem, as suas sessões serão toda terça as 17:00 hrs com o Dr. Kim Heechul, caso você falte terá uma advertência e se elas se repetirem iremos tomar outras medidas – Cada palavra da senhorita Bora eram amigáveis e com o tom de precaução — Sei que você não chegará nesse limite.
Continuamos nossa trajetória pelo reformatório, vejo as portas que dariam na sala de dança e outra para a sala de música, em outras salas vejo carteiras, me sinto mal por pensar que vou ter que repetir um ano por não ter feito as provas finais, ocorrido complicou toda a minha vida. Agora estamos na piscina, em que apenas poderíamos desfrutar com uma supervisão ou licença do médico, nunca curtir muito nadar, mas até que para passar o tempo não seria ruim. A nossa jornada pela instituição ainda continua, agora paramos no refeitório ainda vazio, porém a enfermeira Bora disse brevemente que o jantar seria daqui uma hora, observo bem que o local é bem espaçoso e já até previa que seria complicado conversar com outras pessoas em um local como aquele. A outra parte do reformatório a ser mostrada, a sala de recreação, em que vejo algumas meninas sentadas assistindo em uma grande tv, pelo visto o lugar liberava netflix, além disso tinha um salão de jogos com sinuca, mesa de ping-pong e mesa de air hockey, pelo visto eles investiam um pouco. Outra sala era a biblioteca, em que continha uma sequência de computadores e outras mesas de estudo.
— Você sempre poderá ter acesso a biblioteca, a internet é liberada toda a tarde para fins de pesquisa – Ela dizia tudo rapidamente e seguia andando, já me sentia bombardeada com tanta informação — Os telefonemas são todo domingo, você tem direito a 30 minutos – A enfermeira Bora dizia após passámos pela cabine telefônica.
Por último, a senhorita Yoon me leva até o meu dormitório, que ficava em corredor repleto de portas. Eu não consegui memorizar tanta coisa, mas espero conseguir lembrar de tudo.
— Aqui será seu dormitório senhorita Kang, você irá dividi-lo com outra garota – Ela diz anotando algo em sua prancheta — Mostrei a você lugares importantes do reformatório, a sua planilha de aulas esta em um mural em seu dormitório, você terá que usar um uniforme, só assim poderá frequentar as aulas e logo depois seguir as atividades extraclasse.
— Tudo bem, senhorita Yoon – Digo um pouco tímida e confusa, apenas queria logo descansar.
A enfermeira parti dali, enquanto isso, entro em meu novo quarto. Vejo a cama da minha outra colega organizada, o quarto impecavelmente arrumado e limpo. Cada uma de nós possuía uma cômoda, em que nossos pertences eram guardados e os itens de higiene pessoal também se encontravam acessíveis em cima da cômoda. Abro a porta que tínhamos em um pequeno corredor dentro do quarto e que dava para o banheiro. Escuto alguém entrar no quarto, penso logo que era minha colega e fico um pouco apreensiva.
— Olá, me chamo Son Seungwan – Ela faz uma breve referência e sorri para mim — Se quiser pode chamar de Wendy, sou conhecida assim por aqui. Gostou de conhecer Metropolis?
— Metropolis?! – Digo surpresa, começo a ficar com um leve medo, pois querendo ou não, essa escola tem gente louca.
— Chamamos essa escola assim, pois parece um mundo imaginário e cheio de surpresas – A garota fala toda sorridente e senta na cama da minha colega de quarto, eu acabo sentando na minha com o medo crescendo cada vez mais dentro de mim. Eu acho que ela é realmente birutinha — O seu nome é como?
— Omo! Me perdoe – O nervosismo é presente na tonalidade da minha voz — Me chamo Kang Seulgi.
— Nome super legal viu, bem da hora sabe! – Wendy pisca pra mim de um jeito estranho, acabo rindo um pouco constrangida e viro a cabeça um pouco para o lado — Agora vamos para o jantar! Você vai amar a comida daqui.
Sou puxada para fora do quarto, ainda processando essa proximidade de Wendy e de uma hora para outra. Vamos para o refeitório, no caminho observo a porta do consultório do Dr. Kim aberta, o mesmo corredor que dava para o refeitório, também continha a sala do psiquiatra. Wendy se aproxima da porta e faço o mesmo, a minha curiosidade as vezes era incontrolável e digamos que Wendy também tinha esse probleminha. Chegamos na porta e tentamos espionar o que havia lá dentro, até que avistamos uma menina de cabelos negros de cabeça baixa e o Doutor estava de pé, o clima na sala parecia tenso e quando ele vira de uma vez, antes que ele nos veja, nós duas saímos correndo dali, temendo grandemente que ele nos pegue até que chegamos por fim no refeitório. Acompanho Wendy até uma das mesas, umas garotas já estão sentadas e saboreando os seus alimentos. Sento ao lado da minha nova colega inesperada, todas as outras garotas começam a me encarar de um jeito diferente e minha reação apenas é baixar a cabeça.
— Garotas, essa é a novata que chegou hoje – Wendy diz com grande entusiasmo e piorando ainda mais a situação ao meu ver.
— Olá, me chamo Kang Seulgi – Digo morrendo de vergonha e torcendo internamente para não estar vermelha.
— Oi Kang, me chamo Kim Yerim – A garota fala com um sorriso fraco e volta a atenção para o prato, sem nenhuma vontade de comer.
— Olá novata, sou Seo Seohyun e seja bem-vinda – Ela diz com cortesia e gentileza, algo que me fazia desconfiar dela mais ainda.
— Bem, agora sou eu – A moça se levanta e faz uma referência — Me chamo Jeon Soyeon, mas você pode me chamar de Soyeon e prazer em conhecer você, assim do nada. Você parece legal, onde mo-...
— A garota vai se assustar Soyeon, calma aí – A garota que falou comigo primeiro diz, me deixando um pouco mais aliviada, então Soyeon volta a sua atenção para o seu prato de comida, de um jeito estranho e obsessivo. Wendy se aproxima do meu ouvido e diz baixinho — Ela tem transtorno de ansiedade e é imperativa, hoje até que ela está calma.
— Yeri, coloca a sua comida aqui no meu prato – Soyeon espera a garota colocar a comida no seu prato, Yeri se sente feliz ao ver que sua amiga estava pedindo seu alimento.
De repente, o refeitório inteiro se vira para ver uma garota muito bonita entrando, ela vai para uma mesa cheia de pessoas que pareciam até normais, comparados aos outros em outras mesas, pois acabei de ver um cara brincando com comida de um jeito lunático. Ela estava um pouco estranha, um cara alto a abraça de lado e ela encosta a cabeça no ombro dele.
— Joohyun estava de novo na sala do Dr. Kim — Wendy diz de um jeito suspeito.
— Será que ela foi pega de novo – Seohyun sussurra para Wendy.
— Eu não sei, porém vamos tentar descobrir – Wendy recolhe todas as bandejas e leva até o balcão de louça suja, as outras garotas estavam indo aos seus dormitórios e decido fazer o mesmo.
Volto para o meu quarto, enquanto estava saindo pela porta, Wendy pediu para que eu a espere e assim faço. Ela chega perto e logo voltamos a seguir o corredor em direção aos dormitórios, pelo visto os garotos obviamente ficavam em outra ala. Wendy parecia preocupada, achei ela pensativa demais e falando de menos, antes de chegarmos decido tirar uma dúvida.
— Promete que amanhã você vai me contar sobre a garota do refeitório, a que vocês estavam falando? – A curiosidade se tornou mais forte que eu.
— Sim, eu prometo. Você vai precisar saber, pois ela será próxima de você – Wendy solta a bomba e logo entra em seu quarto, mantinha um sorriso meio que estranho no rosto antes de fechar a porta.
Fico pensando sobre o que ela diz, então entro em meu quarto e já retiro o meu casaco o jogando de qualquer jeito sobre uma poltrona de canto. Pego o meu roupão e vou para o banheiro, desde que cheguei não tinha tomado um banho e estava precisando. Ligo o chuveiro, um turbilhão de pensamentos voltam a rondar em minha mente, a angustia volta a ficar forte e as lágrimas começam a escapar. Eu não era louca, só acho que viver ou morrer não tem diferença, não existia um motivo plausível para eu ficar viva. O meu pai está cansado de mim, não tenho mais amigos e sou conhecida como a assassina, não tinha chances para mim. Termino o meu banho, pego o meu roupão e vou até a cômoda, retiro o meu pijama dali e logo deixo o roupão cair no chão, começo a me vestir bem ali mesmo e logo termino, quando me viro e pego meu roupão do chão, dou de cara com uma garota extremamente linda e parecia a mesma do refeitório.
— AHHHHHHHH! – Grito por conta do susto e caio de uma vez na minha cama. A garota estava super vermelha e prendia um riso em seus lábios, porém ela volta a me encarar.
— Queria avisar a você, que aqui nessa quarto você não estar sozinha, por favor seja prudente – Ela sai para o banheiro e antes de fechar a porta, ela fala com um tom de ordem — Pendure seu roupão e seu casaco no cabideiro atrás da porta, obrigada.
A porta é fechada de uma vez e garota começa a tomar seu banho, provavelmente. Eu me levanto e faço tudo que ela disse,logo volto para a cama e tento dormir. O susto me deixou até que bem, a angustia sumiu de um jeito estranho, os meus olhos estão pesados e acabo me entregando ao sono.
De uma coisa eu sei, agora que eu quero saber mais ainda sobre minha colega de quarto.--------------------------//------------------------------Nota Final*
Gostaram? O que vocês acham que irá acontecer no próximo capítulo:
( ) a companheira de quarto é louca de pedra e vai odiar seulgi pra valer.
( ) seulgi vai ter contato com mais pessoas do colégio.
( ) Yeri vai comer sua próxima refeição.
( ) Heechul é mesmo confiável.Espero que vocês digam o que acha.
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We can't stop
FanfictionMesmo naquele lugar hostil, eu sabia que podia contar com ela. Não éramos loucas ou talvez tínhamos um indício de loucura, pois estar com ela era desafiar os meus próprios limites. Amor será dar de presente ao outro a própria solidão? Pois é a últim...