I wanna stay at home

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(Finn)

-Mas, mãe... Eu quero ficar em casa, não quero ir pra escola, lá é tóxico- eu disse correndo atrás de minha mãe pelas escadas.

-Finn Wolfhard, você vai pra escola e é melhor não se atrasar se quiser ficar com o seu celular quando voltar- disse minha mãe pegando sua bolsa e saindo de casa, mandando um beijo no ar.

Eu fui obrigado a ir depois de um mês estudando naquele lugar cheio de pessoas horríveis que só pensam em sexo e drogas.

Me vesti e fui caminhando, a escola ficava 1 km da minha casa então era rápido, cheguei lá em 10 minutos.

Suspirei e caminhei até o meu armário, tirei alguns livros e ao fechar o armário, lá estava Jack Dylan Grazer, o valentão da escola, ele era pequeno mas dava cabeçada no joelho das pessoas que doíam muito, ele jogava no time de futebol americano então era forte.

-Eae dramática- Jack bateu com força no meu armário- vai se cortar pra todo mundo ver o quão fraco tu é?- ele cuspia as palavras na minha cara- Sem falar que a depressiva é gay, né, Wolfhard?- ele se afastou ao ver que o puxavam pelo ombro.

-Um homossexual homofóbico, nunca vi esse tipinho- falava a garota mais temida da escola, Millie, ela era faixa preta em jiu jitsu e karatê-Pega alguém do seu tamanho, toquinho de amarrar bode- ela deu um tapa na parte traseira de sua cabeça e foi embora após o sinal tocar.

Na hora do lanche, ou hora da pegação por que ninguém come a comida, comem uns aos outros, Ellie ficou em cima da mesa do refeitório e gritou -Festa as 10 lá em casa- logo um professor mandou ela desceu da mesa e ela obedeceu, todos falavam da festa da Ellie, ela era rica, mas A Rica, com letras maiúsculas, seu pai era dono das empresas mais famosas da Europa e da China, então as festas dela eram As Festas.

Eu não gostava de festas, por isso que eu sempre ficava em casa, fazendo um total de zero coisas.

Logo Sadie, uma garota muito gostosa e popular, berrou- ELE É UM ESCROTO, EU FUI TRANSAR COM JACK DYLAN GRAZER QUE NEM DURO FICOU- todos ficaram em silêncio e começaram a procura de Jack, mas como eu já tinha acabado de comer, sai e fui ao banheiro limpar o meu braço, sim, eu me corto e normalmente eles sangram do nada quando são muito profundos.

Eu chego no banheiro, arregaço as mangas compridas, mesmo no verão as uso, e limpo o sangue quase seco quando escuto alguém chorar.

-Deus, ou qualquer coisa que esteja aí, não deixe meu pai voltar bêbado essa noite, minha mãe vai morrer se ele bater novamente nela, por favor...- ele murmurava seguido de soluços, dei uma leve batida na porta.

-Hey, calma, tenho certeza que ela vai ficar bem, que tudo isso vai ter um bom final, se quiser, eu posso te dar um abraço- eu disse com a testa encostada na porta da cabine.

-É horrível quando você tem que fingir que está bem, mesmo querendo se matar- ele dizia.

-Eu sei- um silêncio se fez após as minhas palavras- eu sinto isso todos os dias- sinto a porta abrindo e começo a sair do banheiro rapidamente para não me reconhecer.

I HATE EVERYTHING ABOUT ME   fackOnde histórias criam vida. Descubra agora