Eu o Amo

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Acordei sentindo meu corpo como se estivesse  anestesiada, parecia que havia dormido por meses mas ainda assim estava cansada, abri os olhos lentamente, e olhei ao redor, era um quarto branco com um sofá uma poltrona e coisas de hospitais ao meu lado havia alguns aparelhos e notei que estavam ligados a mim, tentei me sentar mas não consegui, foi aí que a enfermeira notou que eu estava acordada.

- Srta. Montes? - ela veio até mim e sorriu simpática. - Olá...

  Só aí notei que não estava sozinha que a Emili e o Gabriel estavam ali.

- O que... - digo tentando me levantar mas sinto um leve desconforto, me lembro do bebê, e meu coração acelerou a um milhão bpm, coloquei a mão na barriga enquanto tentava falar alguma coisa mas a voz não saia, então senti que fiquei cada vez mais ofegante e acho que a enfermeira entendeu.

- Analise, houve uma complicação na sua gestação... - ela trocou olhares com a Emili e com o Gabriel - Sentimos muito mas...

  Ela não terminou de falar senti meus olhos encherem de lágrimas, e automaticamente comecei a chorar, não imaginária nunca que essa seria minha reação mas ainda que o choro fosse baixo era como se houvesse o peso de uma tonelada em meu peito. Então a Emili a me abraçou e foi como um gatilho para o choro, não sabia como podia doer tanto mas doía como se eu tivesse perdido a pessoa mais importante do mundo para mim, comecei a ficar sem ar e por mais que meu primeiro instinto fosse querer gritar minha garganta queimava como se só de pensar em fazer isso já doesse.

  Ninguém dizia nada e de repente a Emili se afastou e o Eduardo ficou de frente para mim e olhou os dois com um olhar suspeito, enquanto a Emili e o Gabriel sorriram, o Eduardo beijou minha testa, segurou minha mão e a acariciou enquanto tentava limpar meu rosto passando o dedo debaixo do meu olho.

- O que aconteceu aqui? - ele pergunta e parecia extremamente bravo.

- Bom agora sabemos sua reação.

  Tentei falar alguma coisa mais não saiu.

- Você disse que ela perdeu o bebê? Você é louca?

- Uma louca genial - diz o Gabriel.

  A enfermeira veio até mim e sorriu segurando minha mão, assim que me acalmei um pouco, pois já entendia o que estava acontecendo ali.

- Meu amor seu bebê ainda está aqui, houve complicações sim mas já conseguimos estabilizar e depois de um tempo você nem vai perceber - parece que todos os meus músculos relaxaram, senti como se minha vida automaticamente tivesse ganhado sentido novamente.

- Já saíram os exames? - pergunta o Eduardo.

- O filho é meu, eu pergunto, vocês ficam calados - digo grossa. - Qual foi a complicação? E qual a real situação da criança?

  Nesse momento um médico entrou e já sorriu a tempo de escurtar minhas perguntas a enfermeira se afastou, foi até ele e estavam falando sobre algo que me deixou preocupada mas notei que era apenas sobre alterações boas em mim.

- O que eles colocam na comida desse lugar - sussurro para o Eduardo que sorri. - Todos estão sempre sorrindo.

- Acho que talvez alguma erva medicinal - ele brinca. - Ou nós que somos carrancudos demais.

- Maconha é uma erva medicinal e somos um pouco pior que o resto do mundo sim mas não a esse ponto.

  Ficamos em silêncio, e o médico veio em minha direção.

- Pelo que acabei de descobrir, você já apresentou um grande avanço em resposta aos medicamentos, e respondendo suas perguntas...

Ele pegou uma cadeira se aproximou de mim e depois de pedir uma breve permissão ao Eduardo pegou na minha mão o que o fez se afastar da maca incomodado.

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