Altos e baixos

1.3K 84 1
                                    

  Acordei seis horas da manhã assustada, olhei de um lado para o outro e a Manu estava do meu lado resmungando e o pai dela dormindo, percebi que durante a noite inteira ela não chorou, então não tive que acordar coisa que durante os 83 dias de nascida dela ela nunca tinha me deixado fazer, quase chorei de alegria.

  Assim que ela me viu acordada começou a resmungar mais alto então peguei ela no colo e me sentei, depois disso, dei de mamar para ela e infelizmente ela sujou a frauda, acordei o Eduardo aos chacoalhões.

- Ela sujou a frauda toma.

- Um dia você vai ter que fazer isso mamãe - ele disse cínico mas de uma forma gentil.

  Ele deu banho nela enquanto eu procurava roupas para ela então trocou ela e fomos para a cama de balanço na sacada para pegar um sol, enquanto revesávamos entre quem fazia as higienes básicas e comíamos alguma coisa.

  Quando finalmente terminamos ele veio até nós duas na sacada já com a roupa social de trabalho e se sentou ao nosso lado.

- Manu cadê o papai? - digo já que ela estava de costas para ele então ele veio até ela e disse bu, ela soltou uma gargalhada incrível. - Aí meu deus ela rio, amor ela rio pega uma câmera a gente tem que mostrar para a sua mãe e faz de novo.

  Ele tirou o paletó e pegou o celular depois começamos a brincar com ela enquanto ela ria distribui vários beijos nela e ela ria ainda mais.

- Eu não sabia que eu poderia amar mais ela - ele disse assim que ela se acalmou.

- Eu também não - nos olhamos por alguns segundos e ele me beijou fazia alguns dias desde que nem isso fazíamos.

- Te amo, e não é só por você cuidar de nós ainda que eu tenha te dado um motivo para ficar cansada como nunca te vi.

- Te amo, e eu nunca vou olhar cuidar da minha filha como um fardo,  é cansativo mas é maravilhoso, ela foi a melhor coisa que você já fez, e você é bom em muitas coisas.

  Ele me encarou provavelmente procurando indícios de que eu estava falando de sexo mas simplesmente olhei para a Manu.

- Já está na hora de ir trabalhar.

- Minha filha riu pela primeira vez, é óbvio que eu não vou trabalhar.

- Houve um tempo em que você não faltava por nada - digo me lembrando de quando o conheci.

- Eu aprendi a dar prioridade a pessoas, e uma delas mudou a minha vida - ele me deu um selinho.

  Sorri, ele pegou a Manu começou a brincar com ela enquanto ela ria mas por volta das nove ela se cansou e dormiu ele a colocou no quarto dela então fui arrumar a cama enquanto ele me ajudava a arrumar algumas coisas no quarto já que éramos um furacão, quando terminamos de arrumar o quarto nos sentamos na cama e ele apenas me encarou.

- Podíamos pensar sobre a casa.

- Eu já tenho meu pensamento sobre isso.

- Não é só sobre nós, é sobre a Manu,  podíamos contratar alguém que te ajude na limpeza todos os dias, pelo menos até a Manu crescer e podermos ter maior controle sobre isso, eu sei que você não quer me explorar mas eu acho que você está nos privando de uma vida melhor por orgulho apenas.

- Não é apenas orgulho, seu pai te chama de vadia interesseira? Porque o meu me chama, e o seu também.

- Se esse for o problema eu prometo não deixar que ele pise o pé lá, mas eu vou comprar a casa queira você ou não, você não reclama que eu não te aviso? pronto avisei.

ExecutivoOnde histórias criam vida. Descubra agora