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- ANDREW CORRE PORRA!

Mais um dia normal na minha vida como detetive, é sempre a mesma coisa, mas hoje não, a 5 minutos atrás eu estava desfrutando de um maravilhoso café da tarde com o meu parceiro quando uns doidos de máscara passam correndo pelo lado de fora, e bom, aqui estou eu, correndo feito louca atrás desses merdas e vamos concordar, correr de salto não é nada bom, tudo bem que é um daqueles baixinhos e grossos, mas... CACETE ELES ENTRARAM NO BECO SEM SAÍDA!

- Atenção, aqui é o detetive Andrew da TCPD, estamos em perseguição na  5º av. com a 8º, suspeitos mascarado a pé... - meu parceiro fala no rádio.

Andrew e eu paramos antes de avançarmos para o beco, puxo minha arma e me preparo.

- POLÍCIA DA TCPD, SAÍAM COM AS MÃOS PRA CIMA E... - Tiros são disparados contra nós, as pessoas na rua começam a correr. - SUJEITOS ARMADOS, PRECISAMOS DE REFORÇOS! PRECISAMOS DE REFORÇOS!!!! - ele grita desesperadamente.

- Andrew para de ser cagão e me dá cobertura!

Começo a atirar e avanço pelo beco, paro atrás de uma caçamba de lixo e me ergo pra olhar. Um tiro passa de raspão na caçamba quase me acertando.

- Ok, tá na hora do pau.

Sinto as células do meu corpo se modificando e logo a minha pela ganha um tom metálico, sinto meu corpo ficar mais rígido no compasso em que eu viro aço.

Dou um sorriso de canto e saio de trás da lixeira, corro na direção do bandido mais próximo que para de atirar ao me ver, acerto um soco na cara dele e ele cai no chão desacordado. O comparsa atira em mim pelas costas, "só pode ser brincadeira", eu me viro e caminho calmamente em sua direção, seguro o cano da arma com a minha mão esquerda, o homem sua frio e me acerta um soco no rosto que não causa nenhum efeito.

- Minha vez.

Eu o pego pelo colarinho e bato com a cabeça dele na parede, em seguida o jogo longe pela entrada do beco. Faço meu corpo voltar ao normal e vejo meu companheiro algemar o ladrão. Lembro dos tiros e olho pra minha roupa, e maravilha! Perdi mais um blaser, tiro ele e jogo na caçamba de lixo. Sirenes são ouvidas e logo dois carros de polícia estão em nossas frentes, caminho até Andrew que parece ter corrido uma maratona.

- Você está bem? - coloco a mão nas suas costas.

- Eu to tremendo - ele ri. - , como você entra no meio do tiroteio e nunca sai ferida? - ele fala pausadamente ainda tentando se acalmar.

- É o meu dom - dou de ombros e ajeito o colarinho da roupa dele.

Ele me olha estranho e então vemos os ladrões passando por nós sendo levados para a delegacia.

- Eu pego os ladrões e você faz os relatórios.

Saio andando em direção ao restaurante pra pegar o carro.

- Aaa qual é Ruby, por que eu sempre fico com a parte chata?

Dou um meio giro, pisco pro meu parceiro e volto a andar.

xxx

Entro no departamento da polícia e sigo até a minha mesa, me jogo na cadeira e deixo a minha cabeça descansar no encosto. Ser detetive é maravilhoso, mas ainda sim eu fico toda dolorida. Olho para o porta retrato da mesinha que contém eu e a minha sobrinha fazendo careta, sorrio com a imagem, só mais algumas horas e eu estarei na minha casinha. Começo então a trabalhar, pego uns relatórios que precisavam ser terminados, e assim vai indo o resto do meu dia.

- Roth, na minha sala agora.

Meu chefe passa por mim como um raio, eu dou uma respirada profunda antes de me levantar e seguir o trajeto até a sala. Fecho a porta e me sento. Ele encara o fundo dos meus olhos, ou melhor, alma. Eu odeio quando ele faz isso, parece que ele consegue ler toda a minha vida.

TITANSOnde histórias criam vida. Descubra agora