VI

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Enfim juntos, todos estávamos juntos, como uma estranha família, o que pede medidas exageradas.

- Não acredito que trocou um Porsche por uma Minivan. - Gar diz.

- Todos cabem nela. - Richard responde um pouco triste.

- Eu gosto dela. - Kory diz, agora ela consegue se mover no banco de trás.

- Não vamos ficar aqui, vamos? - Rachel pergunta ao analisar o hotel a nossa frente, ele estava um pouco caidinho de mais.

- Deve ter um lugar mais legal no fim da estrada. - Eu digo após trocar olhares pelo retrovisor com a Kory.

- Estamos sendo caçados por sociopatas, lugares legais chama atenção. -Richard olha pra mim com uma cara de "sério isso".

- Mas também facilitam pra dormir. - Eu respondo e faço uma cara de "sim, isso é sério".

- Entrada e saída pela mesma rua, só um ponto de acesso pra vigiar e é silencioso. - ele aponta para as entradas. - Se pintar encrenca vamos ouvir.

Olho pra trás e digo um "desculpa", começo a tirar o sinto, até que faz sentido o que ele falou, lugares assim são mais fáceis de se vigiar, e em dadas circunstâncias é melhor precaver do que remediar.

- E quem falou em dormir? - Ele diz e sai do carro, eu fico parada sem reação... isso foi uma cantada?

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Um tempo depois Richard volta com quatro chaves, uma para cada um, Rachel e eu iríamos dormir juntas. Então entramos nos quartos e até que eles eram bonitinhos. Tinha uma cama de grande, uma TV, uma mesa e um aquecedor. O banheiro era limpinho e aparentemente a ducha funcionava.

Me jogo na cama e deixo meu corpo relaxar, fecho os olhos e sinto a minha costela doer, esses últimos dias têm sido uma loucura, uma noite bem dormida é tudo o que eu preciso.

- Então, você e o Dick... - o lado direito da cama se afunda e eu ouço a voz da Rachel.

- Que? - Eu abro os olhos e encaro ela que tinha um sorriso presunçoso estampado no rosto.

- Aquela cantada no carro foi direta até demais. - Ela sorri, essa menina deve ter batido a cabeça. - e eu vi o jeito que ele te olha.

- Aé? É o mesmo jeito que você e o Gar se olham? - eu pergunto e viro de lado apoiando o cotovelo no colchão levanto às sobrancelhas.

- Que jeito? - ela fica sem reação.

- O menina, tu não me engana não. - eu estreito meus olhos.

- Tá doida tia, tá vendo coisas, o importante mesmo é você e o Dick, e quer saber mais, eu aprovo. - Ela começa a rir.

- Que aprovar o que, quem tá doida aqui é você, e já que estamos nesse assunto acho que preciso conversar sério com você. - eu me sento, pego nas mãos dela e encaro seus olhos. - Rachel, quando duas pessoas, mais precisamente já que agora temos noção que existem ET porém eu não sei como é pra eles... Voltando, quando um homem e uma mulher se beijam, dependendo da intensidade sobe um fogo interior e...

- TIA NÃO, PELO AMOR DE DEUS QUE ISSO! - ela começa a rir.

- QUE FOI? JÁ TÁ NA HORA DE TERMOS ESSA CONVERSA! - eu começo a rir também.

- EU JÁ SEI DA ONDE VEM OS BEBÊS NÃO PRECISA ME EXPLICAR. - ela solta a minha mão e leva as dela até a cabeça se jogando no colchão rindo.

- RACHEL! EU NÃO TO FALANDO DE ONDE VEM OS BEBÊS, EU TO QUERENDO FALAR DE COMO SE FAZ. - Eu tento explicar mas acho que foi pior.

TITANSOnde histórias criam vida. Descubra agora