VII

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Depois do incidente com a família, Kory e eu achamos melhor sumir com todo e qualquer vestígio nosso daquele lugar, isso significa nada de digitais, cabelo, nem o nome de quem se hospedou, deu trabalho mas por fim conseguimos limpar e cuidar de tudo. Só faltou o quarto o meu quarto e o do Gar, já que ele é a Rachel foram dormir. Achamos a dona do prédio morta próxima ao quarto do Richard, no chão tinha muita água, um balde e um champanhe...

- Você acha que ela queria... você sabe, o Richard? - Eu pergunto analisando a situação.

- É o que parece, ela passou batom, se arrumou, e arranjou uma bebida... eu conheço esse truque. - Kory sorri.

- Truque? - eu me aproximo dela que está encostada na parede mexendo em seu anel.

- Você aparece com uma bebida, vocês bebem, você arranca as informações que quer e no final consegue uma transa.

- Meu Deus Kory, com quem você fez isso? - Meu Deus a pessoa tem que ser bem burra porque olha, não tem cabimento alguém cair nesse truque.

- Dick. - Ela sorri envergonhada e minha mente trava.

- Com o Richard? Meu Deus. - eu encosto na parede. - Quando foi isso?

- Antes deles chegarem. - ela fecha os olhos como se lembrasse de algo incrivelmente bom.

Ele foi no meu quarto, cuidou de mim, quase me beija e depois transa com outra? Realmente, eu não nasci para dar certo com o amor, eu não tenho a mínima sorte com homens, lembram do Ben? Não, mas eu lembro.

- Você já parou pra pensar que você laçou o menino prodígio? - Eu tento fingir que não me afetei com o ocorrido.

- Nossa... - nos dias ficamos encostada na parede olhando pro nada.

- Vamos dormir, não tem mais quem vigiar, levantamos as 8h e arrumamos as coisas, pegamos o carro e vamos comer, pode ser? - Continuamos na mesma posição.

- Até amanhã. - Ela me abraça e sai pelo corredor.

Eu olho a mulher no chão mais uma vez e sinto pena dela.

- Eu te entendo... ele é lindo. Desculpa ter metido você nisso, mas pra ser sincera nem eu sabia o que essa família podia fazer. 

Porque eu estou falando com um cadáver? E é assim que eu vou dormir, chateada com a vida, mas porque eu estou chateada? Nós não temos nada, somos amigos não é? Mas é aquilo, nunca perca a esperança, se não é ele, tem outra pessoa que possa ser.

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No dia seguinte acordamos cedo, arrumamos tudo, nos livrando de qualquer indício de que estivemos no hotel. Eu estava amarrando a minha bota quando eu lembro que Richard não deu sinal de vida até então, eu pego o meu celular e então ligo pra ele.

- Ligou na hora errada. - Ele me atende com uma voz estranha.

- Bom dia pra você também. - eu reviro meus olhos.

- Desculpa, bom dia.

- Onde você está? - eu apoio o telefone no meu ombro e volto a amarrar a minha bota.

- Chicago.

- Que? Grayson você disse que ia voltar pra cá.

- As coisas ficaram estranhas na casa do nosso amigo. O nome dele é Dr.Adanson. Não faço ideia do que ele é doutor.

- Deixa eu adivinhar, ele tentou te matar?

- Ele quis me preparar um café da manhã , os amigos tentaram me matar, seis. Acho que tem mais de onde saíram.

TITANSOnde histórias criam vida. Descubra agora