III

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Richard e eu saímos do hospital e fomos atrás das minhas coisas no guincho.  Ele estava me esperando no carro enquanto eu assinavas uns papéis, ele mexia loucamente em um iPad tentando achar a Rachel. Depois de tudo resolvido eu bato no vidro pra ele abrir a porta.

- E então, pra onde? - digo jogando a minha mala no banco de trás.

- Pra estrada. - ele da partida no carro e começa a dirigir para a saída da cidade. - E o seu carro?

- Eu tenho seguro, já chamei. - ele concorda sério.

- Então, quem são esses caras atrás da Rachel? E o que eles querem com ela? - ele pergunta de uma vez.

- Eu não sei. - Eu dou uma pequena bufada e sinto o seu olhar em mim.

- Como assim você não sabe? - ele aponta pra mim.

- Olha, a história é longa e confusa. Eu não sei de nada, antes da Rachel eu não falava com a minha irmã. - Eu suspiro. - Minha mãe me levou embora quando eu era pequena, nós fomos pra Central City, ela não queria mais minha irmã por perto por que ela tinha se metido com drogas, eu acho, eu nunca soube o real motivo. Tínhamos uma diferença de idade meio grande, minha mãe teve ela ao 16 e eu aos 27 então eu não entendia o que acontecia naquela época. Eu cresci em Central City, estudei e me formei, até o dia em que minha mãe morreu... quando eu fiz 19 anos eu recebi uma ligação, era ela, dizendo que tinha uma filha e que precisava de ajuda. - dobrei as pernas em posição de índio e apoiei o cotovelo na janela dando um apoio na cabeça.

- Olha os pés no meu... - eu o olhei com cara de tédio e ele bufa - continua.

- Foi quando eu conheci a Rachel. Quando eu cheguei lá tudo parecia normal, até de noite, que foi quando os poderes dela se manifestaram, minha irmã disse que tinham começado no aniversário de 10 anos dela, fazia alguns meses. E então eu fiquei e ajudei no que eu pude, ela disse que adotou a Rachel depois que perdeu um filho. Ela achava que os poderes da Rachel na verdade era algum tipo de demônio ou possessão do mau, mas eu nunca acreditei nisso.

- Então você não sabe quem são os pais dela e nem de onde vêm os poderes dela? - ele desvia por um momento o olhar da estrada.

- Não, minha irmã nunca me contou até porque nem ela sabia. - eu suspiro.

- E os seus poderes? Nasceu com eles?

- Não, quando a minha irmã cismou de que Rachel estava possuída ela começou a procurar alguém que pudesse exorcizar ela, e então ela me mandou atrás de um homem em Dakota,  o nome dele é...

- Constantine - eu olho pra ele com cara de desconfiança - Eu conheço ele.

- Sei... bom enquanto eu estava lá meio que teve uma briga de gangues e não me pergunte como eu fui parar lá essa é uma outra história, enfim, nessa briga teve uma explosão de um gás muito tóxico e acabou transformando metade da cidade em meta humanos, inclusive eu.

- Então você se torna metal?

- Não só metal, minhas células absorvem qualquer tipo de matéria e assim as duplicam, então eu meio que me transformo naquilo que eu toco, metal, madeira, cobre, energia, água, terra, ar e assim vai. - eu começo a contar nos dedos.

- Vai ser bom ter você no time quando encontrarmos a família. - Ele sorri.

- A propósito que família é essa? - eu me viro pra ele e fico o encarando. O desgraça é lindo mesmo.

- Eu não sei, mas eles tinham uma força anormal.

- Parece que nós não sabemos de tudo Richard. - eu me ajeito no banco.

TITANSOnde histórias criam vida. Descubra agora