I

24 4 0
                                    

,🎭


A noite da brisa estava fresca, e Jisung caminhava alegremente pela pequena cidade de Mary Ann, indo para rua de Stafford, a qual acontecia – e tinha o melhor teatro – as melhores peças de teatro. Jisung é um fanático em artes cênicas, e jamais negaria isso. Encheria o peito ao dizer que foi á primeira peça, quando inaugurou a casa de espetáculos em 1921, aos 12 anos; e que havia assistido as 30 peças apresentados nesse curto tempo. Certo que no início não tinha muitas, pois o público não havia interessado tanto. Mas ele estava ali, dando apoio aos atores.

Estava em cartaz a obra de Changbin, um famoso escritor nascido na cidade pequena de Mary Ann, a qual seus livros de mistério expandiram no mundo todo. Releu o nome da obra, com letras perfeitamente legíveis e bonitas: "A casa 21". Ele amava a forma de como os atores conseguia encenar perfeitamente a ponto de fingir estar assustados. As peças sobre mistério eram seus favoritos. Folheou mais um pouco o pequeno papel que contia a sinopse da história e os atores presentes. Ele riu ao ver suas fotos em preto em branco, todos eram tão lindos. Porém, não tinha seu ator favorito, Hwang Hyunjin e Son Chaeyoung. Eles ganharam uma oferta melhor para se apresentar em New York.

Guardou o papel no bolso do sobretudo, pegando seu ingresso. Sorriu para o bilhetero que o conhecia perfeitamente. Adentrou junto com um grupo de pessoas que estavam acompanhadas e uma eminente animação. Outras falavam sobre a peça e que seus amigos acharam após assistir. Ficaria mais uma semana em cartaz, infelizmente Jisung não conseguiu ir a estréia – seu trabalho o prendera por muito tempo, contragosto dele –, para recompensar esse ritual, iria a semana toda assistir a peça.

Sentou na terceira fileira, na oitava cadeira. Era seu lugar. E possivelmente todos sabiam disso, deixavam aquele lugar exclusivamente para Jisung. De fato era uma cidade muito pequena, situada ao norte de Daphne Theodofanus.

Jisung gostava daquele lugar, não era tão distante do palco e nem tão longe. Era um lugar perfeito para ver as expressões mudarem conforme a história recorre; era um lugar perfeito para sentir, ter a sensação de estar no palco. Ele gostava. Olhou em seu relógio, ansioso para que a peça começasse. Todos estavam falando tão bem dela, e principalmente, de um dos atores principais. Jisung estava animado para saber de como esse novo ator se sairia. Seria tão bom quanto Hwang Hyunjin? Por mistério, sua foto não estava no folheto. O que era mui triste para a curiosidade de Jisung.

Viu as luzes se apagarem, enquanto uma família se acomodava ao seu lado. Cruzou os braços e pernas, cerrando os olhos e mirando na onde os holofotes pousara. Inclinou-se quando uma silhueta de uma sombra pomposa se pôs presente aos poucos. A platéia bateu palmas, antes do rapaz de traços marcantes começar a introduzir a história. Estupefado pela a beleza e a presença de palco, ou sua voz encantadoramente hipnotizante, Jisung recorreu ao folheto. Nunca fizera isso, porque sabia exatamente como ocorria as encenações, ele imaginava na cabeça e igualmente eles faziam no palco. Jisung era um entendedor de peças de letra. Jamais errara.

Desengonçado, conseguiu pegar o folheto relendo-o novamente. Talvez pela vigésima quinta vez. Olhou novamente para o rapaz de olhos pretos intensos, os cabelos lisos escorrendo em seu rosto sereno, a qual reparou uma covinha acima da boca e abaixo do nariz. Um sorriso formoso, lembrava gatinhos. A voz doce ecoando pelo teatro silencioso, como uma música tocada em vitrolas. Jisung fechou os olhos, quando a introdução acabou e o holofote se apagou.

Ouve-se um grito angustiante, assustando-o de seu êxtase. Sim, ele estava em êxtase, em completo e doido êxtase. Foi o que aquele ator novato lhe causara, ele tinha medo. Não era Hwang Hyunjin, e ele o entendia tão maravilhosamente. Mas este temia não entender. Queria sair de lá, mas permaneceria. Os outros atores fariam como se passou em sua cabeça.

Tomou diversos susto, e sempre repassava no folheto, imaginando as cenas, e quando era o ator novo, tudo desandava. Contudo, ele conseguia o manter vidrado, e talvez, sim, talvez o fazia se distrair do seu propósito alí. Jisung nunca imaginou que poderia ter esse sentimento, mas queria como louco ir embora. Sem terminar de ver a peça.



// mesmo sem ninguém eu gosto de escrever e publicar (mesmo que seja ruim) quem estiver lendo e gostar, me diz o que acha que o Jisung possa ser? a fic tem poucos caps (entre 4 e 5.) os nomes que utilizei na cidade São inspirados no livra da Agatha Christie que é o Passageiro de Frankfurt. super recomendo muito bom ;)

xoxo 💛💛

;; theater | min+sung [STRAY KIDS]Onde histórias criam vida. Descubra agora