Capítulo 6 - A Escola E O Lago

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Eu e Jana acordamos às 5 da manhã, pegamos o mapa e o observamos.
_ Parece um... Prédio abandonado - falou ela.
_ Aqui tem uma escola abandonada. Já ouvi falar dela nas outras vezes que vim aqui.
_ Hmmm, sabe se fica muito longe?
_ Não é tão longe – respondi.
Jana pegou sua mochila e colocou nas costas, peguei o mapa e também me levantei.
Colocamos travesseiros embaixo da coberta para meus avós pensarem que estávamos
dormindo. Abri a porta cuidadosamente e, assim que saímos do quarto a fechei. Caminhamos
e descemos a escada em silêncio. Pegamos a chave da casa que estava numa caixa na cozinha.
_ O que será que tem lá? – perguntou Jana.
_ Mais pessoas mortas – respondi – mas o que precisamos descobrir é: "Quem as matou?" e
"Por que está fazendo isso?".
_ É – disse Jana de uma maneira que me intrigou.
Ontem depois do cemitério ela estava muito estranha e ainda continua. Questionei-me até
chegarmos à escola abandonada. Jana olhou para mim como se perguntasse se íamos voltar,
ajeitei os óculos e dei o primeiro passo rumo à entrada.
Não parecia assustadora como imaginei, o que nos colocava medo era o silêncio. Não
encontramos nada até chegarmos à sala 13. Vimos crianças mortas sobre as carteiras. Jana
contou que eram 6 meninos e 5 meninas que aparentavam ter entre 5 e 12 anos. Observamos
mais de perto, a boca e o nariz delas sangravam, e havia hematomas pelos braços.
_ Por quê? – intriguei – O que as crianças têm a ver com o assassino?
Jana tirou fotos.
_ Kevin, vamos embora. Vamos solucionar isso de uma vez por todas.
Ela me agarrou pela mão e saímos da escola.
Ao chegar em casa encontrei um bilhete dos meus avós.
_ O que diz? – perguntou Jana.
_ Eles saíram – respondi.
_ Bom, agora podemos investigar sem nos preocuparmos com eles.
_ É – falei um pouco preocupado.
Jana pegou o mapa. O próximo lugar era o lago. Senti que não queria ir lá. Já vimos tantas
mortes que não queria ver mais. Eu falei isso a minha amiga, mas Jana respondeu que
tínhamos que continuar, caso contrário, o assassino continuaria matando. Fizemos um lanche
e dormimos um pouco. Às 6 da tarde fomos ao lago.
_ Meus avós vão ficar preocupados – falei.
_ Kevin, todas as nossas visitas foram rápidas. Vamos voltar logo – Jana disse.
A lanterna dela iluminava o chão e as árvores. Não conseguia entender como ela estava sendo
tão aventureira e corajosa agora. Essas características faziam parte dela, mas ela quase nunca
as demonstrava.
_ Estamos chegando! – gritou ela e depois riu.
Coloquei a mão no meu coração.
_ Meu Deus! Você quase me matou de susto! – falei.
Andamos até o lado. Vi dois corpos boiando sobre a água. Chegamos mais perto. Vimos duas
varas de pesca e um cordão... Que era da minha avó. Os dois mortos eram meus avós.

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