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A luz da caverna brilhava fracamente revelando a criatura de alguns metros de altura. Na postura de ataque, o lobo gigante de pelos cinzas encarava uma pessoa de armadura.
O rival do guerreiro era simplesmente uma criatura de nível mitológico, mesmo que aquele fosse um deus as chances de conseguir vencer esse duelo eram quase nulas.
Depois de alguns minutos nessa nova realidade eu aceitei que era impossível para mim entender por completo os acontecimentos e deixei de questionar o por que das coisas.
Parecia que aquele guerreiro não havia aceitado seu destino e lutava bravamente com sua espada curta, mesmo que seja inútil qual quer ataque que ele faça.
"Hey, o que vamos fazer?" Bruna me perguntou.
"Vamos ajudar. Leviatã vai!" Corri para cima da batalha sem pensar duas vezes.
O tempo havia acabado, a minha unica decisão era morrer agora ou morrer depois. Ao chegar perto do duelo percebi que as proporções eram ridículas. Enquanto o Lobo alcançava facilmente os 2 metros de altura, nós, fracos humanos, não chegávamos aos 2 metros.
A sensação de inutilidade tomou conta de mim. Senti um forte vento soprar de trás de mim e uma rajada de ar voou até a criatura, que apenas se desequilibrou um pouco, mas logo voltou a atacar o guerreiro que desviava por um fio da espada.
Leviatã tentava achar uma brecha para atacar, mas ele mau tinha 1 metro de altura, era como uma criança tentando bater um jogador de basquete. Bruna mandava outras rajadas de vento, tentando causar dano naquela criatura, mas parecia inútil de qual quer forma.
"Para." Falei para ela.
"Por que?" Ela perguntou.
"Atacar aleatoriamente uma criatura desse tamanho é idiotice, mire nas pernas ou na cabeça." Falei e ela obedeceu.
Seus golpes ainda não causavam dano, mas o equilíbrio e a atenção da criatura estavam sendo atingidas e confundidas pelas rajadas de vento. Leviatã aproveitou a distração e com uma pedra pulou no pescoço da criatura, porem foi ricochetado para longe por uma onda de vento que se formou ao redor de Fenrir.
Ao me lembrar das minhas habilidades percebi que não tenho nada, até mesmo as rajadas de vento da Bruna estavam ajudando de alguma forma.
Olhando para a garota de cabelos negros e olhos cor de âmbar atacando freneticamente percebi seu corpo se esgotando, a magia deixa exaustão junto de uma doença que afeta o controle do corpo durante alguns dias.
Minha mente corria pelos mais diversos lugares, tentando achar alguma dica para sobreviver a esse momento.
O local é uma dungeon em forma de caverna, a unica arma que eu consigo pensar agora são as estalactites, mas em cima de Fenrir está um teto limpo. Em alguns lugares vejo frestas que deixam a luz entrar, a saída sempre foi por cima, por isso não conseguíamos sair. Idiota eu sou por não ter percebido antes.
"Bruna! Ataque o teto!" Falei.
"O que?!" Ela duvidou, mas respondeu com uma rajada em direção ao teto em cima de Fenrir.
Como respostas para minhas preces as frestas que antes eram como linhas no teto se tornaram rachaduras e o mesmo não aguentou seu peso. Dezenas de rochas desabaram do céu e amontoaram-se em cima de Fenrir.
A poeira se levantou e tudo pareceu silenciar. Era o fim, a criatura estava morta.
*
Mestre da Dungeon foi morto
Dungeon Completa
Missão Cumprida
Parabéns
*
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Transportado para um universo alternativo e se tornando um Mestre de Dungeons
FantasyMatheus e sua amiga de infância são levados para outro mundo parecido com o seu, porem lá as pessoas tem poderes e classes, assim como habilidades e níveis, parecido com um RPG. A empolgação de Matheus desaparece quando ele descobre que ele consegui...