No dia seguinte, Harry dirige distraidamente. Ele canta as músicas das rádios e tenta não sorrir toda vez que olha para o anel de noivado em seu dedo.
Parte dele ainda está descrente que Louis realmente lhe pediu em casamento. E que ele havia planejado isso há anos.
Seu celular toca e Harry desvia o olhar da estrada apenas para ver quem é — se for Louis, ele estaciona e atende, senão for, Harry irá ignorar. Como é sua mãe, provavelmente querendo saber onde ele está — Harry não voltou para casa na noite anterior — ele decide ignorar.
O telefonema cai na caixa postal, mas volta a tocar logo em seguida e Harry bufa audivelmente enquanto espera a ligação cair novamente na caixa postal.
O centro da cidade está lotado e Harry demora para encontrar um lugar onde possa estacionar. Ele acaba parando duas quadras longe da loja que pretende ir.
Ele resolve retornar a ligação de sua mãe enquanto caminha.
Será que as pessoas olhando para ele o conhecem? Parece que sim, até porque a cidade é minúscula. Será que sabem que aquela roupa é de Louis?
Sua mãe atende no segundo toque.
— Estou bem — diz Harry antes que ela grite com ele.
— Onde ficou noite passada? Você tem que me avisar, Harry. Passei mal de preocupação.
Ele bufa e revira os olhos.
— Dormi na casa do meu noi... Louis! Na casa de Louis. Ele me deixou ficar no... hm... sofá? É, no sofá-cama.
Sofá-cama, a maior meia verdade que Harry encontrar em sua vida. Ele ri consigo mesmo.
— Por quê? Você bebeu?
É difícil saber o que ela quer dizer com "você bebeu", pois sempre que Harry sugere ou faz algo idiota ela pergunta isso.
— Sim, bebi, estava tarde e acabei ficando lá.
Sua mãe não entende e Harry aproveita o silêncio confuso dela para desligar.
Ele gostaria de ter dito a verdade, mas, para isso, Harry precisa conversar pessoalmente com ele, explicar que não arruinou as coisas para Louis e seu ex-namorado.
. . .
A loja de antiguidades continua a mesma, enchendo Harry de esperanças frustradas de encontrar as moedas — após três voltas inteiras ao redor, ele não encontrou nem uma miséria moeda.
Por fim ele decide perguntar ao único funcionário presente.
Ele se aproxima do adolescente sardento que está no caixa e lê o nome do crachá — Martin.
— Com licença — começa ele, assustando o garoto e fazendo-o dar um pulo da cadeira.
— Jesus misericordioso — exclama pegando seu celular que caiu no chão devido ao susto —, achei que era meu chefe, se ele me pega jogando durante o expediente serei um homem morto.
Harry apenas o encara.
— Mas é que a loja fica tão vazia e...
— Você pode me ajudar? — Corta Harry sorrindo amarelo. — Não consegui encontrar as moedas antigas que costumava ter aqui.
Martin coça sua cabeleira ruiva e se vira para uma porta atrás dele.
— Taylor! — Grita ele — Você sabe das moedas?
— O quê? — Responde Taylor, também gritando. Harry escuta o barulho de alguma coisa caindo e dois segundos depois uma garota loira aparece. — O que você disse?
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I'd never forget you as long as i'd live
Novela Juvenil"O som do carro se aproximando é a primeira coisa que ele escuta. Seu coração imediatamente se aperta e se comprime. Porque são duas horas da manhã e, naquela cidade minúscula, só existe uma pessoa dirigindo tão tarde." essa short fic é dedicada e e...