𝐆𝐎𝐎𝐃 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 ;; 𝐋𝐄𝐄 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐎

، 🍜 : T1 . | 三十二

Pela vigésima vez eu tentava ligar para o Hyunjin e ele não atendia o celular. O que diabos tinha acontecido de tão importante ao ponto de me deixar sozinha na cafeteria e nem ter tempo de explicar? Eu já estava imaginando o pior porque Minho parecia estar bem, o que significava que ele e a Sky não deviam ter tido uma briga feia, mas vai saber qual mentira ela teria inventado dessa vez para bancar a inocente perto do Hwang.

A primeira coisa que vi quando saí do quarto foi um Minho sentado no sofá e perdendo de dez a zero para o curativo que tentava colocar na testa enquanto uma mão estava com o adesivo e a outra tentava tirar o cabelo que quase caía sobre os olhos ㅡ uma cena tanto quanto cômica.

ㅡ O que você tá fazendo? ㅡ ele pareceu se desconcentrar da sua importantíssima missão no instante em que ouviu minha voz. Seu olhar alternou entre mim e o curativo que segurava, como se precisasse de uma desculpa para explicar a situação.

Não pude deixar de sorrir com a sua confusão e me aproximei dele na intenção de ajudar. Me sentei ao seu lado, colocando a pequena caixa com os suprimentos para primeiros-socorros sobre o seu colo. Ainda sem dizer nada, o maior recuou alguns centímetros depois de me ver ficar com uma perna dobrada sobre o sofá para poder ficar mais perto e pegar o band aid que segurava. Usei a mão livre para afastar a franja que cobria bem a área das sobrancelhas e posicionei o curativo com cuidado sobre a região machucada ㅡ não era nada além de um corte pequenininho, mas ele fez uma careta de dor e soltou um resmungo como quem estava levando um soco na cara.

ㅡ Você teve mesmo enxaqueca esses dias? Por isso ficava com aquela bolsa de gelo o tempo todo?

ㅡ Uhum ㅡ ele balançou a cabeça em sinal positivo.

ㅡ O que foi? É a Sky? Ela anda te incomodando? ㅡ segurei a caixa e devolvi algumas duzias de gazes que ele havia tirado de dentro dela ㅡ provavelmente enquanto procurava pelos band aids.

ㅡ Na verdade... ㅡ o garoto limpou a garganta com um pigarro forçado ㅡ Não sei se você reparou, mas tem um hematoma aqui.

ㅡ Isso é um arranhão, larga de ser exagerado.

ㅡ Não foi você que levou uma porta na cara ㅡ ele resmungou.

ㅡ Uh... Foi naquele dia...

ㅡ Que você me ignorou! Por que faz isso comigo? Você me odeia?

ㅡ Talvez.

ㅡ Akami! ㅡ Minho olhou para mim, indignado com a resposta.

ㅡ Eu não te odeio. Só fico sem jeito quando você faz essas coisas, até parece que gosta mesmo de mim. Outro dia você invocou que eu estava apaixonada e tentou me beijar. Se levou uma porta na cara é porque mereceu.

ㅡ Ah, então você fica sem jeito é, tampinha?

ㅡ Não foi isso que eu quis dizer, você entendeu ㅡ murmurei depois de ter me levantado do sofá para guardar a pequena caixa com os suprimentos ㅡ Mas mesmo assim, tinha que ter me contado. Se ficou aí sofrendo com dor de cabeça foi porque quis, podia ter avisado.

ㅡ Ué e você ia fazer o que? Cantar a música mágica da Rapunzel pra me curar? ㅡ ele resmungou do sofá.

ㅡ Eu podia ter tentado ajudar.

ㅡ Você tá começando a me deixar confuso ㅡ voltei minha atenção para ele, notando seu olhar fixo no tapete da sala ㅡ Você me ignora e diz que não me ama, mas se importa tanto comigo que quer me fazer voltar a falar com meus amigos ㅡ o garoto pensou por alguns instantes e depois pareceu ter chegado à uma conclusão ㅡ Você deve me amar, mas ainda não sabe ㅡ ele disse com a voz baixa e carregada de convicção.