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Capítulo Dois:
Jiwoo se sentia pior a cada dia que passava. Os surtos por dentro de seu coração ficavam ainda mais frequentes, Sooyoung podia somente sentar-se ao seu lado e seu coração começava a palpitar, como se já fosse sair do peito e entregar-se por si só de bandeja à ela.
Jiwoo gostava dessa sensação, sentia-se completa, como se isso lhe faltasse. Bem, era claro que ela não sabia o que era isso, mas sabia que estaria melhor sentindo isso, principalmente sendo por Sooyoung.
Mas estes dias, as coisas estavam sendo diferentes. A Ha não estava mais tão próxima da Kim como sempre estivera, agora não andava mais ao seu lado, não segurava sua mão, não mexia nas suas marias chiquinhas e sequer apertava suas bochechas, a chamando de fofinha com seus lábios cor de borgonha pronunciando lentamente aquela palavra.
— Ah, aqueles lábios.. — Jiwoo acabou percebendo que, assim como nos últimos dias, estava falando, pensando, até mesmo cantando, tudo para chamar a atenção de Yves novamente. Yves era um apelido carinhoso que havia lhe dado; de começo a menina havia relutado contra, mas acabou cedendo. Mas por hoje, poderia até mesmo ouvir gritos da menor, e todavia, não a olharia.
— Poxa, Sooyoung Unnie, meu coração te quer! Ele quer que você more nele, que fique com ele para sempre. — Jiwoo estava seguindo Sooyoung há horas, numa falha tentativa de chamar sua atenção e tentar conversar. — Pegue um pedaço do meu coração, e faça dele uma parte sua, Unnie! Porque assim, quando eu tiver de partir, você nunca se sentirá sozinha!
Yves pôs um sorriso no rosto ao ouvir tais palavras, principalmente por sair dos lábios rosados da Kim de forma tão carinhosa, sem sequer um pingo de vergonha. Jiwoo estava tentando compreender o que sentia, é claro, mas como poderia se Sooyoung não estivesse consigo?
Parou de andar, e a Kim, consequentemente, fez o mesmo. Virou -se para trás, arrastando as sapatilhas em forma de círculo, logo estando de frente para a menor. Estava séria, mas de forma breve. Podia ouvir a respiração ofegante de Jiwoo, observando a acatada Sooyoung a sua frente. Jiwoo estava nervosa, o quê Sooyoung iria fazer?
— Jiwoo?
— Oi, Unnie!
— Love u! — a garota disse, fazendo o famoso aegyo, depois dando um apertado abraço no corpo trêmulo da menor, distribuindo beijinhos por suas bochechinhas, aquelas bochechas que tanto adorava apertar.
Mas de repente, Jiwoo começou a tremer, se contorcer. O corpo frio da garota caiu ao chão, assustando Yves. Ela tremia por inteiro, mas de forma corriqueira, tinha um sorriso no rosto. Ao fundo dos olhos, profundamente longínquo, Sooyoung via... corações?
— Oh céus! — Yves exclamou, com as mãos cobrindo a boca avermelhada por tamanha surpresa. — Ela está tendo um heart attack!
