terceiro dia

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Seokjin amanheceu se lembrando de seu ex-chefe, nunca disse a ninguém sobre sua paixão por ele, se sentia exposto demais, não gostava mesmo.

Não sentia nada por Namjoon, só conhecia ele até menos de uma semana atrás, nunca tinha o visto na vida e seria particularmente ridículo gostar de um cara que nunca conheceu.

O mesmo com Jongsuk, como iria gostar de um cara que conhecera na semana passada? Ele era gentil e tudo mais mas Suk era areia demais para o caminhãozinho de Seokjin.

Seus sentimentos estavam muito confusos, não tinha confiança em ninguém, apenas em si mesmo. Talvez ele mesmo fosse a única pessoa em que poderia confiar, não pretendia se abrir.

Já tomado café, foi mais cedo para a casa de Namjoon pois precisaria sair mais cedo também, por isso saiu às 08:00. Trancou o apartamento e pegou um só ônibus, que parava na rua do condomínio.

Chegando lá, o porteiro deu a chave nova para Seokjin, que agradeceu e entrou. Bateu na porta e ninguém atendeu, bateu mais duas vezes e nada de Namjoon, pegou a chave reserva que sempre ficava de baixo do tapete e entrou no local.

Quando entrou, colocou a mão na boca assustado com a condição da casa de Namjoon, estava toda bagunçada com vidros quebrados no chão, a TV caída com os video games martelados. Foi assustador e não foi somente na sala, na cozinha, no banheiro e o quarto de visitas estava do mesmo jeito.

Deixou as coisas na porta e foi em direção ao quarto do rosado, abriu a porta devagar até ver o mesmo sangrando.

— Sr.Namjoon, Sr.Namjoon, Namjoon!

O rosado não respondia, colocou o braço dele no seu pescoço e o levou até o banheiro, o colocando na privada e começou rapidamente a encher a banheira.

Enquanto isso, tirou as roupas – menos a cueca –, verificou se o maior tinha pulsação, estava fraca, assim que que banheira encheu o suficiente, colocou ele dentro, lavou a cabeça dele e percebeu que o sangue vinha da nuca do maior, verificou se tinha outra abertura no corpo.

Felizmente não tinha mais nenhuma aberta, somente a da nuca, lavou o local com um certo cuidado, não tinha sido fundo mas ainda sim tinha saído muito sangue, provavelmente por causa do tempo que ficou no quarto desacordado.

Quando o machucado tinha parado de sangrar tanto, tirou ele da banheira – que por sinal, estava cheia de sangue – e pegou roupas novas já colocando no chefe, o deitou na cama com várias toalhas em volta de sua cabeça e ligou para a ambulância que chegou em 15 minutos.

Foi tudo muito rápido, os olhares que vinham de fora do apartamento durante o carregamento de Namjoon, os comentários saindo do condomínio e a chegada no hospital, Seokjin ligou para o pai de Namjoon.

— Alô? Baeksun? Você poderia vim aqui no Hospital Particular Seong? Namjoon se feriu sozinho.

Olá Seokjin, estou no meu escritório mas estou a caminho, chego em 10 minutos, até.

A calma que Baeksun falava era muito estranho, parece que era algo normal para ele mas para Seokjin, era algo assustador. Desligou o celular e voltou para a sala onde Namjoon estava, dormindo, tomando medicamentos e com um curativo na nuca, o lugar onde o curativo estava não tinha cabelo pois fôra raspado.

Em silêncio, Seokjin sentou em uma cadeira e o olhou, percebeu que tinha se metido em uma enrascada, mas não se arrependeu de estar ali.

— Olha o trabalho que você está dando para mim. — Falando baixinho, ele continuou. — Melhore logo.

Namjoon não era feio, pelo contrário, era lindo. Os lábios cheios, o nariz curtinho meio empinadinho com algumas cicatrizes que quase não apareciam. Só naquele momento, Seokjin notou que ele tinha um semblante tão angelical, não merecia ter hiperatividade.

work out • knj + ksjOnde histórias criam vida. Descubra agora