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Estêvão desceu as escadas e pode notar a feição de desgosto em Roberto ao vê-lo, ele foi até onde ele e Alba estavam e suspirou pesadamente.

- Bom dia! – Falou calmo – Posso ajudá-los?

- Eu quero falar com aquela ingrata, não com você! – Roberto falou autoritário – Quem você pensa que é? O marido daquela doente?

- Veja como fala dela! – Estêvão cerrou os punhos sério – Ou eu te tiro daqui a força!

- Roberto! Para com isso! – Alba puxou o braço dele – Viemos conversar com a nossa filha!

- Não vejo motivos para isso, e também, ela não poderá atender ela está dormindo! – Suspirou com as mãos no bolso.

- Dormindo? A essa hora? Ela nunca dorme de tarde! – Alba o olhou e respirou fundo – Nos deixe falar com ela!

- E como você poderia saber Alba? Por muito tempo você nem se importava com a minha menina! – Branca se aproximou – Nós sabemos o que realmente está em jogo.

- Branca, por favor, não se meta! – A olhou seriamente – Você é só uma criada que está querendo lucrar   em cima de uma menina inocente, e pelo visto... – Olhou para Estêvão – Não é a única!

- Está insinuando algo? – Estêvão se aproximou a olhando – Vamos, diga!

- Chega! – Maria disse descendo as escadas com os olhos marejados – Basta! O que é isso na minha casa?

- Maria, nós temos que conversar! – Alba falou a olhando – Sozinhas!

- O que? – Roberto a olhou – Eu vou participar da conversa!

- Não! – Falou séria – Apenas eu e ela!

- E nossa última conversa não foi tão agradável, não é mesmo pai? – Maria se aproximou – Vamos ao escritório mãe!

- Amor, você...você tem certeza? – Estêvão a olhou nos olhos – Não precisa fazer isso!

- Eu sei que não preciso, mas eu quero! – O olhou nos olhos e deu um selinho nele – Eu vou ficar bem!

- Está bem! Eu vou me arrumar para irmos logo em seguida! – Suspirou e sorriu leve – Qualquer coisa me chama.

   Roberto revirou os olhos e se sentou no sofá e olhou a esposa seriamente.

- Está bem! – Sorriu o olhando e suspirou e olhou para a mãe e foi para o escritório.

   Alba olhou com raiva para Branca e foi logo atrás de Maria e fechou a porta assim que entrou.

- Vamos, o que quer conversar comigo? – A olhou e suspirou – Eu não te vejo desde o dia do enterro da minha avó.

- Sua avó... – Sussurrou e se aproximou da mesa e pegou um retrato da mãe – Sua avó foi muito generosa com você.

- E eu estava disposta a ser com vocês como sempre! – Maria a olhou – Eu nunca quis esse dinheiro todo, eu deixei tudo o que eu herdei do meu avô nas mãos de vocês e vocês faliram a empresa.

- Seu pai...Como você sabe? – A olhou surpresa – A Branca te contou?

- Não, ela não me contou nada! – Suspirou – Eu li no jornal e procurei saber, busquei o advogado da minha avó e vou passar administrar tudo o que me pertence!

- Maria, isso não é para você! – Colocou o retrato no lugar – Você não entende nada disso.

- E você entende? O meu pai entende? – A olhou nos olhos – É isso mãe?  Vocês são inteligentes o suficiente para cuidar disso tudo? Porque meu avô morreu quando eu tinha quinze anos, e em menos de três vocês destruíram absolutamente tudo!

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