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- A essa altura? Diz, depois de me engravidar? De me encorajar a ter uma vida longe da minha família? - Tocou o ventre que estava liso, que até então não dava sinal de conter alguma vida - Pois, Estêvão, eu...
Ele aguardou as palavras dela, por mais duras que elas pudessem ser, ele a olhou nos olhos e a viu se levantar.
- Eu não posso te proibir de ter um passado. - Se aproximou dele e tocou a mão dele - Jamais posso te julgar por isso. Eu amo você, mas por favor, nunca mais me esconda as coisas, ok? Eu preciso saber sempre, por mais difícil que seja, ou mais doloroso. Fico triste por não ter sido a mulher que te deu seu primeiro bebê.
- Éramos novos, e inconsequentes, mas eu amo meu filho. - Sorriu levemente e tocou o rosto dela e a abraçou - Eu prometo não voltar a esconder nada de você.
- Ótimo! - Maria o abraçou e respirou fundo - Eu vou poder conhecer seu filho? Acha que ele vai me aceitar como... Como...
- Madrasta? Bom, eu tenho um filho que é muito mente aberta, e acho que ele irá adorar te ter como madrasta. - Sorriu e beijou a testa dela e a olhou nos olhos - Vou conversar com ele assim que ele chegar.
- Tudo bem, agora, temos que ir, sim? O Gustavo está nos esperando lá na empresa, e já estamos atrasados. - Sorriu levemente e pegou a bolsa que estava no sofá.
- Vamos! - Segurou a mão dela e beijou.
|< Mansão Fernandez Acuña <|
Alba estava no escritório e refazia as contas da casa, já estava nervosa e olhava o papel e a conta não fechava.
- Roberto? - O chamou, gritando - Roberto, venha aqui agora.
- O que é mulher? - Falou impaciente sentado no sofá assistindo ao filme.
Alba pegou o caderninho e saiu do escritório séria e o olhou, pegou o controle e desligou a televisão e colocou a mão na cintura.
- As contas não fecham, tem algum gasto a mais aqui. - Falou séria - O que está acontecendo?
- E você pergunta a mim? Você que deve ser burra e não sabe fazer contas. - Falou dando de ombros - Me devolve o controle.
- Eu não sei fazer contas? Eu sou burra? - Falou séria o jogou o caderninho nele - Eu fiz faculdade, não sou acomodada como você, seu lixo. Eu fiz e refiz essas contas umas cinco vezes e elas não fecham.
- Porque será? - A olhou nos olhos.
- Cancelou os cartões que eu pedi? - O olhou séria, franziu o cenho o observando.
- Você pediu? - Fingiu estar indignado - Não me lembro disso.
- Roberto! - Passou a mão no rosto - Que droga, pelo amor de Deus, em que mundo você está vivendo? Depois da besteira que você fez, você acha que vamos arranjar dinheiro aonde? Precisamos economizar e você fica gastando dinheiro. Nossa fonte secou, entendeu?
- Agora me fiz Alba, eu não posso ter o meu cartão, mas... Mas você... - Pegou o caderninho e olhou os gastos - Pode gastar dinheiro com o clube? Porque?
- Eu preciso do clube. - Falou séria e pegou o caderninho - É diferente.
- Não, não é! - Se levantou - Quer manter a pose de madame? Coisa que você não é! Como vai ser quando suas amigas forem para Paris e renovarem o guarda-roupa com a nova coleção e você ainda estar usando a coleção passada? Elas vão perceber.
- E-eu... Eu vou arranjar um emprego. - Falou séria o olhando - Eu tenho faculdade.
- E nunca trabalhou na área, do que adianta ter faculdade e nenhuma experiência? - Riu balançando a cabeça e pegou o controle deitando no sofá - Você é patética, agora dá um tempo, eu quero ver meu filme em paz, sem você tagarelando na minha cabeça.
Alba ia responder quando a luz acaba, ela olha só redor e o olha com raiva e se afasta dele.
- Ué, o que aconteceu? - Roberto a olhou e tentou ligar a televisão.
- Ah, o que aconteceu é que cortaram a luz, seu idiota, por falta de pagamento! - O olhou e foi até às escadas - Ah, e patético é você. - Subiu as escadas indo em direção ao seu quarto.
Roberto jogou o controle longe e passou a mão no rosto com raiva.
- Maldita Maria! - Falou irritado - Você me paga, bastarda.
|< Empresa Acuña <|
Estevão estacionou o carro, e ao tirar o cinto de segurança, ele saiu e deu a volta no veículo e abriu a porta para Maria, segurou em sua mão e a ajudou a sair. Gustavo que estava aguardando encostado em seu carro, se aproximou sorrindo.
- Olá, como estão? - Sorriu e segurou a mão de Maria e beijou e logo em seguida apertou a mão de Estêvão - Eu particularmente estou bem ansioso.
- Eu estou ansiosa e nervosa! - Maria o olhou sorrindo - Mas estou pronta para conhecer a empresa do vovô
- Eu só vim acompanhar mesmo, mas eu não posso evitar estar feliz por finalmente a Maria estar no lugar que a corresponde. - Estêvão sorriu e segurou na cintura de sua mulher.
- Temos muito trabalho pela frente, vamos ter que lutar muito para tirar a empresa da falência, mas eu tenho certeza que vamos conseguir. O importante é que amanhã é sexta. - Sorriu.
- Perdão, mas... Amanhã não é terça? - Maria o olhou com atenção e curiosidade.
- Ah, é bom pensar que o dia seguinte sempre é o melhor dia da semana, ou seja, sexta feira. - Gustavo sorriu a olhando e apontou o elevador - Vamos?
- Você é engraçado! - Maria foi na frente, sendo seguida por Estêvão e Gustavo.
|< No shopping <|
Branca andava com o motorista, e empurrava o carrinho de compras, olhava as vitrines só por curiosidade, e parou quando algo, ou melhor, alguém lhe chamou atenção, ela se aproximou e tocou o ombro da pessoa.
- Ah... - Se virou - Oi Branquinha, o que faz aqui?
- Vim ao mercado! - sorriu - E você Jean? O que está fazendo aqui?
- Colocando currículo, preciso arrumar um emprego para sair de casa, lá está um inferno, meus pais não param de beijar e eu já estou exausto de depender dos outros. - Suspirou - Cansei de ser um peso morto.
- Fico feliz em escutar isso, ao menos você tem salvação. - Branca sorriu o olhando - Porque não pede ajuda a sua irmã?
- A minha tia, não é? - Sorriu levemente - Já disse, não quero ser um peso, e não quero ter que depender de ninguém.
- Não estou falando para você pedir dinheiro, Jean, peça a ela um trabalho! - O olhou nos olhos e suspirou - Mostre que você é diferente. E outra coisa, ela sempre será sua irmã mais nova.
- Que loucura, é isso tudo, não é? - Segurou a mão dela - Obrigado por seus conselhos Branca, eu nunca imaginei que você seria minha luz no fim do túnel.
- Que isso... - falou tímida - Eu não quero o mal de ninguém, e no que eu puder ajudar, eu ajudo você, sabe onde me encontrar, não é?
- Sei, eu sei sim. - Assentiu sorrindo.
Branca sorriu o olhando nos olhos e encolheu os ombros
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Lembre -se De MIM
RomanceUma dificuldade a afastou do mundo,e a privou de ser uma adolescente normal,mas nunca é tarde para conhecer o mundo, nunca é tarde para descobrirmos nós mesmos. Ela tem 19 ,ele tem 39, mas suas diferenças não param por aí, terão que lutar contra...