Dr. Uckermann

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-Bom dia - murmurei assim que me sentei na cadeira.

Encarei minha vó que tinha um olhar perdido. Dei de ombros e comecei a brincar com o pedaço de bolo em meu prato, um copo de suco de laranja estava ao lado.

-Vamos ao hospital. - encarei meu pai perplexa.

-Que? - soltei o garfo e ele pegou uma xícara e colocou café e deu um gole.

-Quero que o Dr.Uckermann te examine. - ele virou o ultimo gole de café e se levantou - vamos?

-Agora? - ele assentiu - mais eu nem terminei. - tentei fugir.

-Não precisa terminar algo que você nem começou. - ele apontou pro meu prato ainda intocado.

-Ok, só vou pegar um casaco. - murmurei e ele me olhou sério - o que? To com frio. - soltei um suspiro e fui em direção as escadas.

***

-Podem esperar um minuto - ela disse assim que entramos na sala do tal doutor. - vou avisar o Dr.Uckermann que vocês já chegaram. - disse e saiu.

-Poxa por que essa sala ta tão gelada? - murmurei e fui em direção a janela, enquanto puxava o casaco para cobrir minhas mãos.

-Deixe-me ver se não está com febre. - revirei os olhos e senti quando a mão de meu pai tocou minha testa - você está normal, só um pouco gelada. - voltei meu olhar pra janela.

-Acho que o Dr. Uckermann é um velho que gosta bastante do frio.

-Desculpe-me - uma nova voz rouca surgiu na sala. - estava atendendo outro paciente. -virei lentamente e dei de cara com um medico absolutamente gato.

Ele sorriu e esticou a mão em direção ao meu pai. Seus ombros eram largos e fortes, podia notar pela forma como a blusa branca marcava bem seus músculos. Seus olhos em um tom castanho escuros, seus cabelos com mechas claras, no que combinava perfeitamente com ele, tinha barba e uma bela de uma bunda.

-Sou Christopher Uckermann - ele falou e meu pai sorriu e apertou sua mão.

-Sou Fernando Saviñón e essa é a minha filha - meu pai falou trazendo pela primeira vez a atenção pra mim.
Ele me encarou e sorriu, um sorriso de lado, lindo por acaso.

-Dulce - minha voz saiu baixa - Dulce Maria -falei e ele assentiu.

-Prazer Dulce. - sorriu e foi em direção a sua mesa. - podem sentar-se. -disse e Fernando se sentou na cadeira de frente pra ele. continuei na janela, mais agora eu observava Christopher Uckermann o meu mais novo medico.
Ele pegou uma ficha e começou a analisar, meu pai tagarelava sem parar enquanto ele apenas assentia e continuava observando a ficha.

-Eu sinto que sou um dos culpados pela doença dela.

-Eu não sou doente. - falei e Christopher levantou a cabeça lentamente e me encarou, meu pai me ignorou e continuou falando, mais Christopher ainda me observava atentamente.

-Mais a principal culpada é Blanca por querer que a nossa filha seja perfeita - revirei os olhos - e que... -Christopher fez um sinal com a mão e Fernando se calou.

-Eu sei que é difícil senhor Saviñón - ele se mexeu na cadeira e entrelaçou as mãos. - mais procurar um motivo é uma batalha perdida. - ele encarou Fernando. - não é tão simples assim.

-Eu sei - meu pai soltou um suspiro e se encostou na cadeira. - mais eu me culpo. - Christopher assentiu e a sala ficou em um silêncio constrangedor.

-Quero fazer um teste com a senhorita Saviñón. - disse e seu olhar encontrou o meu. - sugiro que tenha terapia em grupo.

-Ta me achando com cara de criança? - minha voz saiu mais seca que o normal.

-Quero fazer um teste e ver como você reage diante disso. - ele virou a cadeira na minha direção. - você em algum momento já viu outras pessoas na mesma situação que você ou até pior? - fiquei calada e ele deu um sorriso. - ótimo. - pegou um papel e uma caneta e escreveu algo e entregou à Fernando. - leve ela amanhã para esse local e assim que chegar lá, procurei por Maite Herrera - meu pai assentiu.

-Você quer que eu tenha mesmo uma terapia em grupo? - Christopher assentiu positivamente - você não entende. - neguei com a cabeça e me aproximei de ambos. - eu sou uma pessoa famosa e eu não posso ser vista em uma clinica psiquiatra para pessoas com transtorno alimentares.

-E por que não senhorita Saviñón? - ele cruzou os braços sobre o peito.

-Por que eu sou uma pessoa publica, tenho fãs, tenho paparazes que nao me deixam em paz se quer um segundo - suspirei e passei a mao no cabelo - então eu tenho que me manter perfeita, eu tenho que ser perfeita. - ele continuou sério e calado.

-Amanhã às 08h. - ele falou e se levantou. - agora se me derem licença eu preciso cuidar dos meus outros paciente. - ele disse e saiu da sala levando seu jaleco consigo, me deixando boquiaberta com sua atitude.


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⏰ Última atualização: Nov 11, 2019 ⏰

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